São Paulo, 19 de agosto de 2024 – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 4,20% para 4,22% a previsão para a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. A meta para a inflação no período é de 3,00%.
A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – aumentou de 4,75% para 4,77%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu de 3,73% para 3,75%.
Para 2025, as instituições financeiras reduziram de 3,98% para 3,91% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,00%.
A previsão de inflação nos preços administrados em 2025 ficou estável em 3,90%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M manteve-se em 4,00%.
As instituições financeiras também elevaram de 2,20% para 2,23% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. A projeção para 2025 caiu de 1,92% para 1,89%.
O BC estima que a economia brasileira crescerá 2,3% em 2024, segundo a edição mais recente do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicada em junho.
A pesquisa Focus manteve em 10,50% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2024. Atualmente, ela está em 10,50%, o que significa que o mercado espera manutenção da taxa até o final do ano.
Para 2025, a estimativa para a taxa Selic subiu de 9,75% para 10%. Há quatro semanas, a estimativa para a Selic ao fim de 2025 estava em 9,50%.
A projeção para a taxa de câmbio em 2024 aumentou de R$ 5,30 para R$ 5,31 por dólar, enquanto a estimativa para 2025 manteve-se em R$ 5,30 por dólar. Há quatro semanas atrás, a previsão para 2024 era de R$ 5,30, enquanto a previsão para 2025 estava em R$ 5,23.
A previsão de superávit comercial em 2024 manteve-se em US$ 82,44 bilhões, mesmo valor observado na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).
A previsão para o saldo em conta corrente – que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda – foi de déficit de US$ 38,00 bilhões, igual ao saldo negativo de US$ 38,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2024 aumentou para US$ 70,00 bilhões, comparada à projeção de US$ 69,80 bilhões da semana passada.
Para 2025, as instituições elevaram a previsão de superávit comercial para US$ 78,50 bilhões,
de R$ 77,15 bilhões da semana passada.
A projeção de déficit primário em 2024 reduziu para 0,64% do PIB, de 0,69% na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros.
A previsão para o resultado nominal – a diferença entre as receitas e as despesas do governo, inclusive aquelas relacionadas à dívida pública – foi de déficit de 7,30% do PIB, igual ao saldo negativo de 7,30% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2024 diminuiu para 63,65% do PIB, comparada à projeção de 63,70% do PIB da semana passada.
Para 2025, as instituições mantiveram a previsão de déficit primário em 0,70% do PIB, mesmo valor observado na semana passada.
A previsão para o resultado nominal foi de déficit de 6,50% do PIB, igual ao saldo negativo de 6,50% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida em 2025 permaneceu em 66,20% do PIB.A previsão para o saldo em conta corrente foi de déficit de US$ 43,60 bilhões, repetindo a semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2025 seguiu em US$ 71,20 bilhões.
A previsão para o saldo em conta corrente foi de déficit de US$ 43,60 bilhões, superior ao saldo negativo de US$ 43,25 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2025 diminuiu para US$ 71,20 bilhões, comparada à projeção de US$ 71,60 bilhões da semana passada.
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Camila Brunelli / Safras News
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