Porto Alegre, 5 de março de 2024 – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 3,77% para 3,79% a previsão para a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. A meta para a inflação no período é de 3,00%.
A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – aumentou de 4,07% para 4,16%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu de 2,80% para 2,55%.
Para 2025, subiu de 3,51% para 3,52% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,00%.
A estimativa de inflação nos preços administrados em 2025 diminuiu de 3,93% para 3,90%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M manteve-se em 3,80%.
As instituições financeiras elevaram de 1,78% para 1,80% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. A projeção para 2025 ficou estável em 2,00%.
O BC estima que a economia brasileira crescerá 1,7% em 2024, segundo a edição mais recente do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicada em dezembro.
As instituições também mantiveram em 9,00% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2024. Atualmente, ela está em 11,25%, o que significa que o mercado espera um cortede 2,25 ponto porcentual (pp) até o final do ano.
Para 2025, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 8,50%.
A projeção para a taxa de câmbio em 2024 aumentou de R$ 4,93 para R$ 4,95 por dólar, enquanto a estimativa para 2025 manteve-se em R$ 5,00 por dólar. Quatro semanas atrás, a previsão para 2025 era igual, mas a estimativa para 2024 era menor, de R$ 4,93.
Já a previsão de superávit comercial em 2024 foi reduzida para US$ 80,98 bilhões, de US$ 82,00 bilhões na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).
A projeção para o saldo em conta corrente – que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda – foi de déficit de US$ 32,00 bilhões, inferior ao saldo negativo de US$ 35,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2024 diminuiu para US$ 65,50 bilhões, comparada à projeção de US$ 67,00 bilhões da semana passada.
Para 2025, as instituições reduziram a previsão de superávit comercial para US$ 74,55 bilhões, de US$ 74,10 bilhões na semana passada.
A previsão para o saldo em conta corrente foi de déficit de US$ 35,00 bilhões, inferior ao saldo negativo de US$ 38,35 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2025 diminuiu para US$ 72,31 bilhões, comparada à projeção de US$ 73,10 bilhões da semana passada.
As informações são da Agência CMA.
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Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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