Porto Alegre, 23 de outubro de 2023 – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus reduziram de 4,75% para 4,65% a previsão para a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. A meta para a inflação no período é de 3,25%.
A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – diminuiu de 10,10% para 9,68%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou de -3,69% para -3,56%.
Para 2024, as instituições financeiras reduziram de 3,88% para 3,87% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,00%.
A previsão de inflação nos preços administrados em 2024 diminuiu de 4,31% para 4,20%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M subiu de 3,96% para 4,00%.
As instituições também reduziram de 2,92% para 2,90% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A projeção para 2024 ficou estável em 1,50%.
O BC estima que a economia brasileira crescerá 2,9% em 2023, segundo a edição mais recente do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicada em setembro.
A projeção para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023 foi mantida em 11,75%. Atualmente, ela está em 12,75%, o que significa que o mercado espera um corte de 1,00 ponto porcentual (pp) até o final do ano.
Para 2024, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 9,00%.
A projeção para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável em R$ 5,00 por dólar, enquanto a estimativa para 2024 manteve-se em R$ 5,05 por dólar. Há quatro semanas, a previsão para 2023 era de R$ 4,95, enquanto a previsão para 2024 estava em R$ 5,00.
A pesquisa Focus elevou a previsão de superávit comercial em 2023 para US$ 74,35 bilhões, de US$ 73,70 bilhões na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).
Já a expectativa para o saldo em conta corrente – que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda – foi de déficit de US$ 39,70 bilhões, inferior ao saldo negativo de US$ 40,40 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2023 diminuiu para US$ 79,40 bilhões, comparada à projeção de US$ 80,00 bilhões da semana passada.
Para 2024, as instituições elevaram a previsão de superávit comercial para US$ 61,80 bilhões, de US$ 60,35 bilhões na semana passada.
A projeção para o saldo em conta corrente permanceu de superávit de US$ 51,00 bilhões. A estimativa para o investimento direto em 2024 ficou estável em US$ 80,00 bilhões.
As informações são da Agência CMA.
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Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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