Previsão de crescimento do PIB mundial é revisada de 3,1% para 3,2% em 2024 – OCDE

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OCDE

São Paulo, 25 de setembro de 2024 – Segundo a atualização do Panorama Econômico da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado hoje, o PIB mundial deverá crescer 3,2% em 2024, uma revisão para cima da previsão anterior, de 3,1%. Em 2025, o crescimento também será de 3,2%, inalterado em relação ao estudo anterior.

Já para os países do G20, a perspectiva é semelhante: revisão para cima no crescimento do PIB de 2024, de 3,1% para 3,2%, e a manutenção do crescimento em 3,1% em 2025.

Nos Estados Unidos, a previsão de crescimento do PIB se manteve em 2,6% em 2024 e deve desacelerar para 1,6% em 2025, sustentado por políticas monetárias mais flexíveis. Na zona do euro, projeta-se um crescimento de 0,7% em 2024, aumentando para 1,3% em 2025. Na China, o crescimento deve desacelerar para 4,9% em 2024 e 4,5% em 2025, devido à baixa demanda dos consumidores e correção no setor imobiliário.

A economia global está começando a se recuperar, com o crescimento resiliente na primeira metade de 2024 e a queda da inflação, apesar de riscos significativos, segundo o Panorama Econômico Interino da OCDE. Com o crescimento robusto no comércio, melhorias nos rendimentos reais e políticas monetárias mais acomodativas, o crescimento global é projetado em 3,2% para 2024 e 2025, após 3,1% em 2023.

Espera-se que a inflação volte às metas dos bancos centrais na maioria das economias do G20 até o final de 2025. A inflação total no G20 deve reduzir para 5,4% em 2024 e 3,3% em 2025, enquanto a inflação subjacente nas economias avançadas do G20 deve cair para 2,7% em 2024 e 2,1% em 2025.

A OCDE aponta que o crescimento da produção global permaneceu resiliente, e a inflação continuou em um ritmo de queda. O crescimento anual do PIB nos Estados Unidos deve desacelerar, mas será amparado pelo afrouxamento da política monetária, com projeções de crescimento de 2,6% em 2024 e 1,6% em 2025.

Na área do euro, o crescimento do PIB está previsto em 0,7% em 2024 e 1,3% em 2025, com a atividade sustentada pela recuperação dos rendimentos reais e pela melhoria na disponibilidade de crédito. Na China, o crescimento deve diminuir para 4,9% em 2024 e 4,5% em 2025, com estímulos adicionais sendo compensados pela fraca demanda dos consumidores e pela profunda correção contínua no setor imobiliário.

O crescimento tem sido relativamente robusto em vários países do G20, incluindo os Estados Unidos, Brasil, Índia, Indonésia e Reino Unido. Em contraste, os resultados permaneceram fracos em algumas economias, como a Alemanha, e houve contração da produção na Argentina.

Já sobre a inflação, a expectativa da OCDE é que ela volte às metas na maioria dos países do G20 até o final de 2025. A inflação geral deve cair de 5,4% em 2024 para 3,3% em 2025 nas economias do G20, enquanto o núcleo da inflação nas economias avançadas do G20 deve diminuir para 2,7% em 2024 e 2,1% em 2025.

No entanto, riscos significativos persistem. “As tensões geopolíticas e comerciais contínuas podem prejudicar cada vez mais os investimentos e aumentar os preços das importações. O crescimento pode desacelerar mais acentuadamente do que o esperado à medida que os mercados de trabalho esfriam, e desvios da trajetória de desinflação prevista podem desencadear perturbações nos mercados financeiros. Por outro lado, a recuperação dos rendimentos reais pode fortalecer a confiança do consumidor e os gastos, e quedas adicionais nos preços do petróleo acelerariam o processo de desinflação”, diz um trecho do relatório.

O Secretário-Geral da OCDE, Mathias Cormann, destacou que o declínio da inflação abre espaço para reduções nas taxas de juros, mas alertou para a necessidade de prudência até que a inflação esteja controlada. Ele também ressaltou a importância de ações políticas decisivas para otimizar a arrecadação e o gasto público, promovendo reformas estruturais que impulsionem o crescimento de médio prazo.

Vanessa Zampronho / Safras News

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