Porto Alegre, 9 de outubro de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com baixa nos preços. O mercado foi pressionado pela força do dólar frente a outras moedas correntes e pelo avanço da colheita nos Estados Unidos. As preocupações com uma ampla oferta global completaram o cenário baixista.
No início do dia, o cereal chegou a operar em alta, buscando suporte no desempenho extremamente positivo do petróleo em Nova York e nas preocupações com a seca na Argentina, que está atrasando o plantio de cereais no país. Além disso, existe o receio de que, se a falta de umidade persistir, a área plantada na Argentina poderá diminuir. Estes fatores, portanto, impediram um maior movimento negativo na sessão.
Por fim, os agentes começaram a se posicionar frente ao relatório de oferta e demanda de outubro, que será divulgado nesta quinta-feira (12), Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Analistas consultados pela Reuters estão prevendo que o relatório rebaixará as estimativas para as colheitas de milho e soja no país.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 15,1 bilhões de bushels de milho em 2023/24, ficando abaixo dos 15,134 bilhões de bushels indicados em setembro, mas acima dos 13,730 bilhões de bushels colhidos na temporada 2022/23. A produtividade média deve ficar em 173,5 bushels por acre, aquém dos 173,8 bushels por acre indicados em setembro, mas acima dos 173,3 bushels por acre colhidos na safra 2022/23.
A área a ser colhida de milho deve ficar em 86,7 milhões de acres, inferior aos 87,1 milhões de acres estimados no mês passado, mas acima dos 79,2 milhões de acres registrados na temporada 2022/23. Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 norte-americanos devem ser indicados em 2,145 bilhões de bushels, abaixo dos 2,221 bilhões de bushels previstos em setembro.
Para a safra global 2023/24, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 313 milhões de toneladas, acima das 314 milhões de toneladas apontadas em setembro. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2022/23 sejam apontados em 298,4 milhões de toneladas, inferior frente às 299,5 milhões de toneladas indicadas no mês passado.
Na sessão, os contratos com entrega em dezembro de 2023 operaram com baixa de 3,75 centavos, ou 0,76%, cotados a US$ 4,88 1/4 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2024 operaram com recuo de 3,50 centavos, ou 0,68%, cotados a US$ 5,03 3/4 por bushel.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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