Rio Verde, 7 de abril de 2025 – Na cerimônia de abertura da Tecnoshow Comigo 2025, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil para o estado (OCB-GO), Luis Alberto Pereira, disse que o produtor brasileiro não tem paz.
Conforme Pereira, desde o passado problemas afligem os produtores, olhando para os juros altos, custo elevado, infraestrutura não adequada, falta de crédito e dificuldades no clima. “Mas há problemas à frente, como o tarifaço dos Estados Unidos para o qual ninguém sabe o que vai acontecer. Teremos a COP 30 no Brasil e virá muita gente de fora para criticar o agronegócio. Teremos de conviver com esse e com novos problemas que podem surgir. Um ponto positivo é que a Tecnoshow ajuda a mitigar todos esses problemas, por meio das novas tecnologias, sistemas de plantio e do conhecimento”, avalia.
O presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas, destacou o papel da Comigo como referência no mundo do cooperativismo, que vem crescendo no Brasil. “O país possui 24 milhões de cooperados, em seis mil cooperativas. A força do setor é grande sob o ponto de vista social, político e econômico, ajudando a mitigar os efeitos da crise. O IDH dos municípios que possuem cooperativas é bem superior daqueles que não as possuem gerando desenvolvimento e prosperidade. É por essa razão que a Organização das Nações Unidos declarou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas”, explica.
Freitas disse que a ideia é de que o setor cooperativista se desenvolva ainda mais. “Temos a meta de que as cooperativas do Brasil irão atingir R$ 1 trilhão em faturamento até 2027, chegando a 30 milhões de cooperados”, conclui.
Já o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Federação da Agricultura do Estados de Goiás (FAEG) José Mário Schreiner, enfatizou que a Tecnoshow irradia tecnologia, que pode levar o Brasil a crescer ainda mais. “Mas para isso é preciso um espírito público de desenvolvimento, dobrando a produção em certas áreas do estado, como o Vale do Araguaia, sem ter a necessidade de avançar sobre áreas do cerrado”, finaliza.
Arno Baasch – arno@safras.com.br (Safras News)
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