Preocupação com liquidez pode pressionar cotações de milho no Brasil

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      Porto Alegre, 3 de abril de 2020 – O mercado brasileiro de milho deve fechar a semana atento ao cenário de liquidez interna, uma vez que as restrições impostas pela pandemia de coronavirus já afetam a demanda, o que pode trazer um quadro de pressão às cotações. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago reage frente às perdas da última sessão para os contratos mais próximos.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em maio/20 operam com alta de 1,25 centavo em relação ao fechamento anterior, ou 0,37%, cotada a US$ 3,34 3/4 por bushel.

* O mercado estende o movimento de compras associadas a fatores técnicos, tentando uma recuperação frente às perdas acumuladas na semana. A boa alta do petróleo, acima de 11% em Nova York, atua como um fator de suporte, pois pode favorecer uma demanda mais efetiva para o etanol de milho norte-americano.

* Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 567.000 toneladas de milho para a China. Do total, 504 mil toneladas têm entrega para 2020/21 e 63 mil toneladas para 2019/20.

* Ontem (3), os contratos de milho com entrega em maio fecharam a US$ 3,33 1/4, com perda de 1,25 centavo, ou 0,37%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra alta de 0,36% a R$ 5,286.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, -0,6%, e Tóquio,

+0,01%.

* As principais bolsas na Europa operam mistas. Paris, -0,89%; Frankfurt, +0,02%

 e Londres, -0,95%.

* O petróleo opera em forte alta. Maio do WTI em NY: US$ 28,53 o barril

(+12,48%).

* O Dollar Index registra alta de 0,6%, a 100,77 pontos.

MERCADO

O mercado brasileiro de milho registrou preços estáveis nesta quinta-feira. Entretanto, como destaca o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado aos poucos vai demonstrando sinais de que está esfriando diante da “péssima liquidez interna” por conta das restrições em meio à pandemia do coronavírus. “Há muita preocupação com a situação interna de demanda”, comenta.

 No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 49,00 e R$ 59,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço entre R$ 47,50 e R$ 54,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 48,50/50,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 58,00/60,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 61,00/62,00 a saca.

 No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 51,50/52,50 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 51,00/52,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 48,00 – R$ 50,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 46,00/48,00 a saca em Rondonópolis.

AGENDA

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Dados de colheita da soja no Brasil – SAFRAS & Mercado, na parte da tarde.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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