São Paulo, SP – A Natura & Co divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25), com prejuízo líquido de R$ 150,7 milhões, queda de 83,9% em relação ao prejuízo líquido registrado no mesmo período do ano passado (1T24), que foi de R$ 935,1 milhões.
Excluindo os impactos não-operacionais, o lucro líquido ajustado foi de R$ 264 milhões, comparado a um prejuízo líquido ajustado de R$ 116 milhões no mesmo período do ano anterior, impulsionado principalmente pela melhora de R$ 107 milhões no EBITDA recorrente A/A (incluindo a Avon International nos números do 1T24, combinado com a melhora de R$ 110 milhões nas despesas financeiras líquidas A/A1 devido ao impacto negativo de R$ 137 milhões relacionado à transferência de caixa da Argentina na base do 1T24.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) recorrente foi de R$ 789,5 milhões, alta de 30,1% frente ao 1T24, com margem Ebitda recorrente de 11,8%, queda de 1,4 ponto percentual em relação ao 1T24, diluída pela reconsolidação da Avon International.
A receita líquida foi de R$ 6,68 bilhões, alta de 45,8% em relação ao 1T24 em reais. Em moeda constante (CC), a receita líquida da América Latina cresceu +12,2% em relação ao 1T24 (+4,1% ex-Argentina), impulsionada pelo forte desempenho da Natura nos mercados hispânicos (mid-teens ex-Argentina), aliado ao crescimento de um dígito alto da marca no Brasil, parcialmente compensado pela categoria Casa & Estilo e pela Avon, que segue com desempenho abaixo do esperado na linha de receita. A receita consolidada também se beneficiou das vendas da Avon International, que somaram R$ 1,4 bilhão no período.
“As etapas finais para simplificar as despesas da Holding estão sendo rapidamente implementadas e esperamos que estejam concluídas até o 3T25. O fato das receitas da Avon International ainda estarem abaixo do esperado, somado à persistente volatilidade cambial, desencadeou uma aceleração urgente dos esforços de reestruturação para minimizar a saída de caixa nesse ano. As medidas incluem uma drástica redução no número de funcionários afetando cerca de 1.100 funcionários ou 25% do total da equipe, além de ações agressivas de corte de custos. A implementação dessas iniciativas, acompanhada pelas respectivas despesas de reestruturação, já foi iniciada nesse 1T25, com o pico de impacto esperado entre o 2T e o 3T”, explicou a companhia.
O índice Dívida Líquida/EBITDA ficou em 1,43x ao final do 1T-25, enquanto a dívida líquida totalizou R$ 2,9 bilhões (comparada à R$ 2,4 bilhões no 4T24), com saídas de caixa de R$ 675 milhões do fluxo de caixa livre e de R$ 60 milhões para o programa de recompra, parcialmente compensadas pelo benefício de R$ 250 milhões da depreciação do dólar que reduziu a dívida total em comparação com o saldo ao final de 2024.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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