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Prejuízo líquido da CSN cresce 52,5% no 1° trimestre de 2025

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São Paulo, SP – A CSN divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25), com prejuízo líquido de R$ 732 milhões, 52,5% superior ao prejuízo registrado no mesmo período de de 2024 (1T24). O resultado reflete a piora operacional característica do período, além do impacto negativo da valorização cambial nas despesas financeiras.

O Lucro Bruto atingiu R$ 2.532 milhões, uma redução de 33,1% em relação ao trimestre anterior, com uma Margem Bruta de 23,2%, o que representa uma redução trimestral de 8,2 p.p.. Essa menor rentabilidade é consequência direta da sazonalidade da operação, uma vez que houve crescimento de 0,6 p.p. na margem bruta quando comparada com o mesmo período de 2024.

O Ebitda ajustado foi de R$ 2,509 bilhão, alta de 12,3% em comparação com o 1T24. A margem Ebitda foi de 22,1%, alta de 2,8 pontos percentuais em relação ao 1T24. A menor rentabilidade é fruto da sazonalidade da operação com os efeitos negativos da menor atividade comercial do período e a maior incidência de chuvas nessa época do ano.

A receita líquida cresceu 12,3% quando comparada ao 1T24, chegando a R$ 10,9 bilhões. O resultado reflete basicamente a sazonalidade com a menor atividade comercial característica do período, além da maior incidência de chuvas na mineração. Porém, quando comparado com o mesmo período de 2024, a receita líquida foi 12,3% superior, demonstrando os aumentos de volumes e de preços nos principais segmentos de atuação.

O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) totalizou R$ 8,375 bilhões no 1T25, o que representa um pequeno aumento de 1,6% em relação ao verificado no trimestre anterior, mesmo com a menor comercialização do período, resultado do impacto do câmbio no resultado. Na comparação com o 1T24, a alta de 11,3% é resultado do aumento no volume de vendas registrados nos segmentos de siderurgia, mineração e cimentos

No 1T25, o Fluxo de Caixa Ajustado foi negativo em R$ 173 milhões, o que representa uma melhora considerável frente ao resultado negativo de R$ 1,7 bilhão verificado no trimestre anterior, mesmo com o menor EBITDA registrado no período. Esse resultado reflete o sólido desempenho operacional com um menor desembolso com as atividades de investimentos e uma recuperação no capital de giro do período. Entretanto, o fluxo de caixa ajustado permanece pressionado por altas despesas financeiras, impedindo momentaneamente uma geração de caixa positiva.

Em 31/03/2025, a dívida líquida consolidada atingiu R$ 35,8 bilhões, com o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA LTM alcançando 3,33x, o que representa uma redução de 16 basis points em comparação com o trimestre anterior. Essa queda na alavancagem reflete a evolução operacional que a Companhia tem conseguido atingir nesses últimos trimestres, conseguindo substituir EBITDAs mais fracos como os do início de 2024 ao combinar maiores volumes com controles de custos e aumento de eficiência.

No caso da CSN, a Produção de Placas no 1T25 atingiu 812 mil toneladas, um desempenho 15,7% abaixo do registrado no trimestre passado, refletindo não apenas a sazonalidade mais fraca do período, mas também a parada de manutenção do alto forno ocorrida no começo do trimestre. Seguindo a mesma tendência, a produção de laminados planos, nosso principal mercado de atuação, alcançou a marca de 775 mil toneladas no 1T25, o que representa uma queda de 10,6% quando comparado com o 4T24. Já a produção de aços longos, registrou um total de 58 mil toneladas no período, o que representa uma queda trimestral de 12,2%, mas um resultado mais em linha com o mesmo período de 2024.

As vendas totais do 1T25 atingiram o montante de 1.144 mil toneladas, uma pequena queda de 2,6% na comparação com o trimestre anterior, mesmo considerando a atividade comercial mais fraca do início do ano, o que demonstra a assertiva estratégia de marketing adotada pela Companhia ao conseguir aproveitar essa tendência favorável do mercado. Quando comparado com o mesmo período de 2024, as vendas aumentaram 5,3%, um desempenho que evidencia o forte consumo aparente verificado no mercado doméstico neste início de ano.

A Produção de Minério de Ferro (incluindo compras de terceiros) atingiu o volume de 10.210 mil toneladas no 1T25, o que representa um crescimento de 11,8% frente ao mesmo período de 2024, mas uma redução de 7,2% em relação ao 4T24, explicado pela redução no volume de compras. Desta forma, vale destacar que após passar pelo período mais crítico de chuvas sem maiores problemas no processo produtivo, conseguindo inclusive superar de forma significativa a marca do ano passado, a Companhia segue bem-posicionada e confiante para atingir seu guidance de produção e compras para o ano, estipulado em um intervalo de 42-43,5 Mton.

Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)

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