São Paulo, SP – A Casas Bahia Energia divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25), com prejuízo líquido de R$ 408 milhões, acima do prejuízo registrado no mesmo período de 2024 (1T24), que foi de R$ 261 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado ficou em R$ 570 milhões, aumento de 47,3% frente ao 1T24. A margem Ebitda ajustado ficou em 8,2%, alta de 2,1 pontos porcentuais na comparação anual. Segundo a companhia, o desempenho reflete o resultado do ganho de alavancagem operacional e com melhora sequencial de 0,2p.p. vs. 4T24, mesmo em um cenário de mercado bastante desafiador e competitivo. A margem do 1T25 é a maior em 24 meses e caminha para gradual contínuo crescimento para o ano de 2025.
A receita líquida foi de R$ 6,9 bilhões, alta de 10,1% em relação ao 1T24. No 1T25, a receita bruta consolidada registrou crescimento de 10,1% frente ao 1T24, para R$ 8,3 bilhões. A variação é explicada principalmente pelo crescimento da receita das lojas físicas de +15,8%, da performance positiva da receita de market place de 17,5%, apesar da redução na receita das vendas online de 1P em (2,1%), dada a busca pelo equilíbrio entre vendas e rentabilidade.
O GMV total em relação ao 1T24 apresentou crescimento de 10,2%, chegando a R$ 10,6 bilhões. O GMV omnicanal do 1P foi maior em 9,3%, composto por um crescimento de 16,2% nas lojas físicas e redução de (4,9%) no online. Por outro lado, o GMV do 3P cresceu 14,6% no período, mantendo crescimento desde o início do Plano de Transformação. O e-commerce, 1P online + 3P, totalizou R$ 4,4 bilhões, superior em 2,4% vs. 1T24 e segue focado nas categorias core.
O endividamento bruto foi de R$ 4,4 bilhões (excluindo o passivo de CDCI e fornecedor convênio), sendo 90% no longo prazo. Na estrutura de capital, o passivo de CDCI possui um ativo correspondente no contas a receber de CDCI e FIDC- carnês, ambos apresentados na tabela acima e nas Demonstrações Financeiras nas notas explicativas 6.1 e 14.
A companhia apresentou dívida líquida ajustada de R$ 1,9 bilhão e patrimônio líquido de R$ 2 bilhões. No 1T25, o caixa incluindo recebíveis não descontados totalizou R$ 2,5 bilhões. O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/EBITDA ajustado dos últimos 12 meses, ficou em (0,9x). Na metodologia da 10 emissão foi (1,2x) e segue confortável frente aos covenants financeiros exigidos na debênture de (3,0x). Considerando o saldo de fornecedor convênio e o saldo de CDCI, o mesmo indicador ficou em (1,6x).
O fluxo de caixa livre para a firma de R$ (322) milhões. A variação de caixa foi de R$ (1,5) bilhão no 1T25, explicada pelo movimento no capital de giro, menores captações (com objetivo de pagar menos juros no futuro) e o próprio pagamento dos juros (que tiveram impacto do aumento da Selic).
A empresa ressaltou que nos últimos 6 meses a geração do fluxo de caixa livre para a firma chegou a R$ 917 milhões vs. R$ 545 milhões 1T24 acumulado dos últimos 6 meses (melhor resultado dos últimos anos), reflexo principalmente da retomada das vendas, rentabilidade, das melhorias operacionais de perdas, demandas trabalhistas, monetização de impostos e das melhorias do reperfilamento e novas captações.
Foi aberta 1 nova loja, da bandeira Casas Bahia, totalizando 1.065 lojas ao final do período. “Seguimos nosso Plano de Transformação que prevê rigoroso acompanhamento da performance de cada loja e CDs, direcionando ações corretivas, se necessário, encerrando operações que não geram valor”, destacou a varejista.
No 1T25 a carteira do crediário cresceu 14,5% a/a e atingiu R$ 6,1 bilhões. Nas lojas, a penetração foi de 23,7% vs. 25,5% no 1T24. No 1P online a participação do crediário digital foi de 8,8% vs. 5,3% no 1T24, enquanto no 3P foi de 9,0% das vendas vs. 6,3% e está habilitado para +3.780 sellers.
O trimestre trouxe uma redução de 0,3p.p. na despesa de PDD em relação a carteira no 1T25 vs. 1T24. A taxa over 90 foi de 8,5%, melhor em 0,5p.p. vs. 1T24, refletindo a qualidade da carteira. O nível de perda sobre a carteira ativa foi de 4,2%, dentro da média histórica, corroborando os demais indicadores no crediário. Seguimos monitorando o cenário econômico de forma cautelosa e mantendo uma abordagem conservadora, garantindo a solidez e a sustentabilidade da carteira.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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