Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2021 – Os preços pagos aos produtores pelo quilo do suíno melhoraram em boa parte do Brasil ao longo da semana, refletindo a melhora na demanda interna e externa.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o processo de migração de consumo, com a carne bovina perdendo mercado para as proteínas concorrentes, se tornou altamente relevante para o entendimento dessa situação. “Além disso, os embarques indicaram sinais de melhora, fazendo com que os exportadores não disponibilizem seus excedentes no mercado doméstico”, explica.
Para Iglesias, o movimento de alta observado ao longo da semana é muito bem vindo, em um momento de evidente crescimento dos custos de nutrição animal, que acabam espremendo a margem da atividade.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil subiu 6,54% ao longo da semana, de R$ 6,12 para R$ 6,52. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 1,68%, de R$ 11,91 para R$ 12,11. A carcaça registrou um valor médio de R$ 9,40, ganho de 2,51% frente à semana anterior, de R$ 9,17.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 47,481 milhões em fevereiro (5 dias úteis), com média diária de US$ 9,496 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 19,564 mil toneladas, com média diária de 3,912 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.426,90.
Em relação a fevereiro de 2020, houve queda de 19,30% no valor médio diário da exportação, ganho de 21,18% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 1,55% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 125,00 para R$ 145,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 5,85 para R$ 6,00. No interior do estado a cotação avançou de R$ 6,65 para R$ 6,80.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração subiu de R$ 6,00 para R$ 6,30. No interior catarinense, a cotação aumentou de R$ 6,70 para R$ 7,20. No Paraná o quilo vivo teve alta de R$ 6,20 para R$ 6,60 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo teve elevação de R$ 5,90 para R$ 6,30.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração mudou de R$ 5,70 para R$ 5,90, enquanto em Campo Grande o preço avançou de R$ 5,30 para R$ 5,70. Em Goiânia, o preço subiu de R$ 6,30 para R$ 6,85. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno aumentou de R$ 6,80 para R$ 7,50. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 6,80 para R$ 7,60. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis aumentou de R$ 5,15 para R$ 5,35. Já na integração do estado o quilo vivo passou de R$ 5,70 para R$ 5,80.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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