Preços registram estabilidade, com setor ainda sugerindo ajuste na produção de frango

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frango

Porto Alegre, 16 de junho de 2023 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis tanto para o frango vivo quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o ambiente de negócios não tende pela recuperação dos preços. “O cenário da demanda segue sugerindo pela necessidade de ajuste de produção, em especial pela oferta mais avolumada de carne bovina no decorrer deste ano.”, disse.

De acordo com o analista, os custos de nutrição animal estão em patamares mais baixos, consequência do recente comportamento dos preços do milho e do farelo de soja. “A avicultura de corte brasileira segue vigilante em relação a Influenza Aviária, não poupando esforços para manter a doença distante do plantel comercial brasileiro”. A última ocorrência da doença foi registrada ontem (15), em aves silvestres da Bahia.

No que tange o mercado atacadista, Iglesias diz que a primeira quinzena do mês foi atípica. “Não houve recuperação dos preços, mesmo com entrada dos salários na economia. O fato é que o setor convive com dificuldades visíveis ao longo deste ano, acentuadas pela maior disponibilidade de carne bovina em 2023, o que faz com que uma parcela da população, que possui maior renda, volte a consumir carne bovina de maneira mais rotineira. Esse ambiente tem influenciado na formação dos preços das proteínas concorrentes”, explicou.

“O ponto de destaque para a avicultura ao longo do ano é o forte ritmo de exportação. Considerando a posição privilegiada do Brasil no mercado internacional, manter um forte ritmo de vendas é essencial para o setor em um ano de visíveis dificuldades no mercado interno”, conclui Iglesias.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 322,222 milhões em junho (6 dias úteis), com média diária de US$ 53,703 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 162,407 mil toneladas, com média diária de 27,067 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.984,00.

Em relação a junho de 2022, houve ganho de 28,7% no valor médio diário, avanço de 42,9% na quantidade média diária e recuo de 9,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Preços internos

Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito no atacado se manteve em R$ 7,50, o quilo da coxa em R$ 6,00 e o quilo da asa em R$ 9,70. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 7,70, o quilo da coxa em R$ 6,20 e o quilo da asa em R$ 9,90.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 7,60, o quilo da coxa em R$ 6,10 e quilo da asa em R$ 9,80. Na distribuição, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 7,80, o quilo da coxa em R$ 6,30 e o quilo da asa em R$ 10,00.

O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo registrou estabilidade de R$ 4,50 e, em São Paulo, de R$ 4,50.

Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,30. Na integração do oeste do Paraná, a cotação continuou em R$ 4,60 e na integração do Rio Grande do Sul em R$ 4,45.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango se manteve em R$ 4,45, em Goiás em R$ 4,50 e no Distrito Federal em R$ 4,50.

Em Pernambuco, o quilo vivo teve declínio de R$ 5,50 para R$ 5,20, no Ceará de R$ 5,50 para R$ 5,20 e, no Pará, de R$ 5,50 para R$ 5,00.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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