Porto Alegre, 21 de outubro de 2022 – O mercado brasileiro de frango fechou uma semana marcada por grande movimentação nos preços dos cortes negociados no atacado e na distribuição. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o consumo mais aquecido contribuiu para o movimento de alta de cortes como coxa e asa, embora o preço do peito tenha recuado, já sinalizando uma sobra de oferta para este corte, que é menos demandado na exportação.
No quilo vivo, os preços se mantiveram em boa parte dos estados, mas recuaram nas integrações de Santa Catarina e do Paraná, por conta do ingresso de maiores ofertas resultados de um alojamento de pintos elevado em agosto, o que impossibilitou um avanço nas cotações.
Iglesias sinaliza que a expectativa para o curto prazo é de declínio nas cotações do quilo vivo, por conta da menor reposição entre o atacado e o varejo, em um momento no qual os custos de produção seguem pesando bastante, pressionando a margem da atividade. Nos cortes, o indicativo também é de baixa nas cotações, uma vez que o consumo perde força em períodos próximos da virada do mês.
Por outro lado, os embarques de carne de frango seguem positivos, oferecendo uma boa rentabilidade média às indústrias. As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 411,970 milhões em outubro (9 dias úteis), com média diária de US$ 45,774 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 201,264 mil toneladas, com média diária de 22,407 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.042,90.
Em relação a outubro de 2021, houve alta de 42,9% no valor médio diário, ganho de 23,8% na quantidade média diária e avanço de 15,4% no preço médio. Os dados são do Ministério da Economia e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito baixou de R$ 10,00 para R$ 9,60, o quilo da coxa subiu de R$ 7,60 para R$ 8,00 e o quilo da asa de R$ 10,80 para R$ 11,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito caiu de R$ 10,20 para R$ 9,80, o quilo da coxa avançou de R$ 7,80 para R$ 8,20 e o quilo da asa de R$ 11,00 para R$ 11,60.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário na semana também foi de alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito baixou de R$ 10,10 para R$ 9,70, o quilo da coxa aumentou de R$ 7,70 para R$ 8,10 e quilo da asa de R$ 10,90 para R$ 11,40. Na distribuição, o preço do quilo do peito diminuiu de R$ 10,30 para R$ 9,90, o quilo da coxa mudou de R$ 7,90 para R$ 8,30 e o quilo da asa de R$ 11,10 para R$ 11,70.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo teve estabilidade em R$ 5,20 e em São Paulo de R$ 5,50.
Na integração catarinense a cotação do frango baixou de 5,00 para R$ 4,30 e na integração do oeste do Paraná o preço retrocedeu de R$ 5,40 para R$ 5,25. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,30.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 5,15, em Goiás em R$ 5,15 e no Distrito Federal em R$ 5,20.
Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,70, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,90.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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