Porto Alegre, 16 de junho de 2023 – A semana registrou preços estáveis a mais baixos tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o mercado esteve um pouco mais acomodado e o movimento de queda foi estancado. “Os suinocultores dizem que a demanda por parte dos frigoríficos está melhorando nesta semana, então há uma expectativa de algumas altas pontuais para o curto prazo”, afirma.
De acordo com o analista, os produtores têm dito que o frio pode ajudar a demanda na ponta final. “Contudo, temos que observar que as carnes de frango e bovina também estão patinando no atacado, o que pode acabar impactando negativamente o escoamento da carne suína no curto prazo”, ressaltou.
Maia destaca que, além disso, na segunda quinzena, as famílias estão menos capitalizadas. “Apesar da demanda um pouco mais ativa dos frigoríficos por animais nesta semana, eles ainda relutam quanto a preços. A carcaça e o pernil não saem do lugar no atacado e as cotações não conseguem evoluir. A expectativa é de que o mercado continue travado nos próximos dias”, explicou.
“Em relação às margens da atividade, a relação de troca entre carne suína e milho deu uma piorada nas últimas semanas. Apesar da queda do milho nos últimos meses, ainda há muitos suinocultores com estrutura de custo alto”, pontua o analista. “Isso acontece pois os produtores adquiriram milho, em sua maioria, no começo do semestre, quando os preços estavam altos. Um efeito mais concreto da ração mais barata, portanto, deve ocorrer lá para o último quadrimestre de 2023. Por enquanto, as margens ainda seguem apertadas para vários suinocultores”, conclui Maia.
Preços
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país ficou estável na semana, se mantendo em R$ 5,38. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado ficou estável em R$ 9,60 e a média da carcaça em R$ 8,44.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo aumentou de R$ 110,00 para R$ 113,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo continuou em R$ 5,20 e no interior do estado declinou de R$ 5,55 para R$ 5,45.
Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração teve estabilidade de R$ 5,20, no interior catarinense de R$ 5,35, no Paraná baixou de R$ 5,50 para R$ 5,40 no mercado livre e na integração se manteve em R$ 5,35.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande ficou em R$ 5,00, na integração em R$ 5,10 e, em Goiânia, em R$ 5,30. No interior de Minas Gerais, o quilo do suíno subiu de R$ 5,90 para R$ 6,00 e no mercado independente seguiu em R$ 6,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis permaneceu em R$ 5,00 e, na integração do estado, em R$ 5,10.
Exportações
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 100,840 milhões em junho (6 dias úteis), com média diária de US$ 16,806 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 38,732 mil toneladas, com média diária de 6,455 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.603,50.
Em relação a junho de 2022, houve alta de 74,2% no valor médio diário, ganho de 62,6% na quantidade média diária e avanço de 7,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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