Porto Alegre, 18 de setembro de 2020 – Em live promovida hoje por SAFRAS & Mercado no Instagram o analista Fernando Iglesias destacou que os preços elevados das carnes registrados no Brasil deverão ser mantidos nos meses finais do ano, bem como em 2021. “O bom movimento das exportações é um fator que tem contribuído para manter a oferta de carnes bastante limitada no cenário doméstico”, afirma.
Ele indicou que as exportações de carne bovina neste ano deverão crescer ao redor de 15%, atingindo 3,027 milhões de toneladas, especialmente para a China, respondendo por mais de 40% das compras. “Para 2021, a expectativa é de que as exportações possam avançar 4,5% frente ao volume previsto para este ano, chegando a 3,163 milhões de toneladas, segundo as mais novas projeções de SAFRAS & Mercado”, disse.
Para a carne de frango, a expectativa é de um aumento de 4% a 5% nos embarques em 2020, que poderiam chegar a 4,206 milhões de toneladas. “Para 2021, com uma retomada dos embarques para o Oriente Médio e o Japão, a expectativa é de que as exportações possam crescer 3,5% frente ao volume prevista para este ano, chegando a 4,355 milhões de toneladas”, projeta.
Na carne suína, que deverá ter o incremento mais significativo nos embarques neste ano, ao redor de 40%, o volume previsto chega ao redor de 1,032 milhão de toneladas. “A China deve responder por mais de 50% das compras do Brasil neste ano e a expectativa é de que este quadro não seja muito diferente em 2021, quando se espera um aumento de 10% nos embarques de carne suína frente ao volume estimado neste ano, que deve chegar a 1,137 milhão de toneladas”, sinaliza.
Iglesias ressalta que há uma certa preocupação com a dependência do Brasil com relação ao mercado chinês nos embarques de carne bovina e suína, o que já trouxe dificuldades em ocasiões anteriores, fazendo menção à antiga dependência do mercado suíno brasileiro em relação à Rússia.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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