Porto Alegre, 28 de outubro de 2022 – O mercado brasileiro de frango se aproxima de final de outubro e registra preços mistos para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados ao fechamento de setembro. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, há dificuldade na alocação dos cortes do peito no mercado brasileiro, um produto menos exportado, o que contribui para a queda nas cotações ao longo do mês. Nos demais cortes, os preços avançaram.
No quilo vivo, os preços se mantiveram em boa parte dos estados, mas recuaram nas integrações de Santa Catarina e do Paraná, por conta do ingresso de maiores ofertas resultados de um alojamento de pintos elevado em agosto, o que impossibilitou um avanço nas cotações e foi determinante para a queda do mercado.
Iglesias sinaliza que os custos da nutrição animal ainda exercem pressão sobre a margem da atividade, em consequência dos preços elevados do milho e do farelo de soja. Para o último bimestre, o analista destaca que há otimismo na recuperação dos preços, por conta do aumento de consumo neste período do ano.
Por outro lado, os embarques de carne de frango seguem positivos, oferecendo uma boa rentabilidade média às indústrias. As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 590,229 milhões em outubro (14 dias úteis), com média diária de US$ 42,159 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 287,533 mil toneladas, com média diária de 20,538 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.052,70.
Em relação a outubro de 2021, houve alta de 31,6% no valor médio diário, ganho de 13,5% na quantidade média diária e avanço de 15,9% no preço médio. Os dados são do Ministério da Economia e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo do mês. O preço do quilo do peito baixou de R$ 10,40 para R$ 9,60, o quilo da coxa subiu de R$ 7,60 para R$ 8,00 e o quilo da asa de R$ 10,80 para R$ 11,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito caiu de R$ 10,60 para R$ 9,80, o quilo da coxa avançou de R$ 7,80 para R$ 8,20 e o quilo da asa de R$ 11,00 para R$ 11,60.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário no mês também foi de alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito baixou de R$ 10,50 para R$ 9,70, o quilo da coxa aumentou de R$ 7,70 para R$ 8,10 e quilo da asa de R$ 10,90 para R$ 11,40. Na distribuição, o preço do quilo do peito diminuiu de R$ 10,70 para R$ 9,90, o quilo da coxa mudou de R$ 7,90 para R$ 8,30 e o quilo da asa de R$ 11,10 para R$ 11,70.
O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo teve estabilidade em R$ 5,20 e em São Paulo de R$ 5,50.
Na integração catarinense a cotação do frango baixou de 5,00 para R$ 4,30 e na integração do oeste do Paraná o preço retrocedeu de R$ 5,40 para R$ 5,25. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,30.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 5,15, em Goiás em R$ 5,15 e no Distrito Federal em R$ 5,20.
Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,70, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,90.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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