Porto Alegre, 5 de março de 2021 – O mercado brasileiro de algodão vai encerrando a primeira semana de março com preços mais altos que a anterior. Porém, a escalada nos preços foi interrompida nesta quinta-feira, sentindo a pressão do terceiro tombo consecutivo sofrido pela pluma na Bolsa de Nova York. “Foi a primeira queda doméstica desde 9 de fevereiro”, lembra o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.
A fibra fechou o dia 4 indicada a uma média de R$ 5,15 por libra-peso no CIF de São Paulo, queda de 0,88% frente ao dia anterior. Mas superior ao registrado no dia 25 de fevereiro, quando valia R$ 5,00. Na comparação com o mesmo período do mês e do ano passado, ainda acumulava altas de 12,44% e de 78,96, respectivamente.
No FOB do porto de Santos, a indicação ficou em 89,77 centavos de dólar por libra-peso (c/lb) no dia 4, com recuo de 1,35% em relação ao dia anterior. Quando comparado ao contrato de maior liquidez negociado em Nova York, ainda era 3,0% superior. Na véspera, era 2,3% superior. Há uma semana, era 1,1% superior e, há um mês, 1% inferior. “Esses números mostram que, apesar do ajuste, o produto nacional segue acima da paridade de exportação”, frisa Bento.
As exportações brasileiras de algodão bruto somaram 235,505 mil toneladas em fevereiro (18 dias úteis), com média diária de 13,083 mil toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 377,674 milhões, com média diária de US$ 20,981 milhões. As informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Em relação à igual período do ano anterior, houve avanço de 38,6% no volume diário exportado (9,440 mil toneladas diárias em fevereiro de 2020). Já a receita diária teve elevação de 40,93% (US$ 14,888 milhões diários em fevereiro de 2020).
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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