Porto Alegre, 30 de abril de 2021 – Os preços da soja subiram nas principais praças do país durante o mês de abril, acompanhando a boa valorização dos contratos futuros na Bolsa de Chicago. Mas a valorização foi limitada pela queda do dólar frente ao real e pelo recuo nos prêmios de exportação.
O ritmo dos negócios permaneceu lento, com alguns períodos de maior movimentação, mas sempre envolvendo volumes pontuais e moderados. O produtor seguiu de fora do mercado, priorizando a finalização dos trabalhos de colheita.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos iniciou abril a R$ 171,00 e encerrou a quinta, 29, a R$ 173. Na máxima do período, no início dessa semana, a saca chegou a R$ 179,00. No Porto de Paranaguá, o comportamento do preço foi semelhante, subindo de R$ 175,00 para R$ 176,00 e com máxima de R$ 184,50. Em Rondonópolis (MT), a cotação passou de R$ 166,00 para R$ 171,00, com máxima no mês de R$ 174,00.
A firmeza nos referenciais internos é reflexo do desempenho da Bolsa de Chicago. Até dia 29, os contratos com entrega em julho acumulam alta de 5,22%. Ontem, a posição fechou a US$ 15,02 ¼ por bushel. No dia 26, o contrato atingiu US$ 15,39 ¼, o maior nível de fechamento do mês.
Este patamar foi atingido após uma série de 10 sessões consecutivas de ganhos, atingindo o melhor nível desde outubro de 2021. A alta em Chicago foi determinada pelas preocupações com o início do plantio da soja nos Estados Unidos, em meio a temperaturas baixas, forte movimento especulativo e um quadro fundamental altista, com estoques apertados e forte demanda nos Estados Unidos.
O impacto positivo de Chicago foi limitado pelos outros dois pontos importantes na formação das cotações domésticas. O dólar comercial vai encerrando o mês perto do menor nível em três meses. A moeda americana acumula queda de 4,78% no período e fechou a quinta, 29, a R$ 5,36. Os prêmios de exportação também cederam ao longo de abril.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2021 – Grupo CMA