Porto Alegre, 30 de julho de 2021 – O mercado brasileiro de suínos vai finalizando julho com recuperação nos preços do quilo vivo, que avançaram 3,8% ao longo do mês. O analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, sinaliza que parte desse resultado foi obtido na primeira quinzena, uma vez que na segunda metade do mês houve maior dificuldade para reajustes.
Segundo ele, o ambiente de negócios esteve mais acirrado, com frigoríficos adotando uma postura cautelosa nas compras de animais, aguardando um melhor escoamento da carne. “Contudo, a oferta de suínos mais ajustada frente à demanda garantiu sustentação às cotações”, afirma.
Os suinocultores seguem apreensivos com o atual quadro do mercado, de dificuldade na obtenção de reajustes e de alta no custo de produção, o que pesa sobre as margens da atividade. “Por outro lado, a entrada de salários e o dia dos Pais tendem a ajudar na reposição entre atacado e varejo nos próximos dias”, pontua.
Levantamento mensal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil subiu de R$ 6,07 para R$ 6,30. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado retrocedeu 0,12%, de R$ 11,61 para R$ 11,60. A carcaça registrou um valor médio de R$ 9,91, aumento de 4,48% frente ao valor registrado no começo do mês, de R$ 9,49.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 168,255 milhões em julho (17 dias úteis), com média diária de US$ 9,897 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 66,843 mil toneladas, com média diária de 3,931 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.517,20.
Em relação a julho de 2020, houve alta de 18,83% no valor médio diário da exportação, ganho de 0,21% na quantidade média diária exportada e valorização de 18,58% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Conforme a avaliação de Maia, os dados da exportação vem sendo bons, embora um pouco mais fracos se comparados a junho. “Se a média diária for mantida até o fechamento do mês, a exportação de julho pode alcançar 95 mil toneladas, considerando a soma dos produtos industrializados”, sinaliza.
A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 120,00 para R$ 133,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,70. No interior do estado a cotação mudou de R$ 6,15 para R$ 6,50.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,90. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 6,20 para R$ 6,60. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 6,25 para R$ 6,45 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo avançou de R$ 5,65 para R$ 5,70.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande elevou-se de R$ 5,70 para R$ 5,80, enquanto na integração o preço seguiu em R$ 5,70. Em Goiânia, o preço passou de R$ 6,40 para R$ 6,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno aumentou de R$ 6,60 para R$ 7,00. No mercado independente mineiro, o preço mudou de R$ 6,70 para R$ 7,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis subiu de R$ 5,55 para R$ 5,70. Já na integração do estado o quilo vivo se manteve em R$ 5,70.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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