Porto Alegre, 22 de abril 2022 – O mercado brasileiro de carne suína segue mostrando sinais de recuperação. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, os preços da carcaça e do quilo vivo reagiram novamente no Centro-Sul nos últimos dias, com a reposição entre o atacado e o varejo evoluindo bem. “Há perspectiva de que o ambiente de negócios possa perder um pouco de ritmo até o fechamento do mês, com o consumo impactado pela menor capitalização da população” explica.
Maia sinaliza que mesmo com a reação nos preços, a carcaça suína permanece bem atrativa para a população, considerando que a relação de troca com o frango congelado ainda está próxima a 1,2 em São Paulo. “Isso significa que com o preço de um quilo da carcaça suína é possível comprar 1,2 quilo de frango congelado, o que pode ajudar o escoamento. Outro ponto favorável é que a concorrente carne bovina apresenta preços restritivos na ponta final para as famílias de menor renda”, avalia.
O analista destaca que os negócios envolvendo o quilo vivo evoluíram de maneira ajustada na semana, com registro de animais disponíveis ainda leves em várias localidades. “O controle do peso deve resultar em menor oferta à frente. As margens da atividade estão melhorando, mas ainda estão deterioradas. Desta maneira o ajuste produtivo deve seguir acontecendo no decorrer das próximas semanas”, ressalta.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país avançou 9,1% na semana, passando de R$ 5,21 para R$ 5,69. A média preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 4,56%, de R$ 9,40 para R$ 9,83. A carcaça teve aumento de 13,6%, passando de R$ 8,09 para R$ 9,19.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 102,676 milhões em abril (10 dias úteis), com média diária de US$ 10,267 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 46,713 mil toneladas, com média diária de 4,671 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.198,20.
Em relação a abril de 2021, houve baixa de 5,5% no valor médio diário da exportação, ganho de 7,1% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,7% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 115,00 para R$ 135,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo avançou de R$ 5,05 para R$ 5,10. No interior do estado a cotação passou de R$ 5,20 para R$ 5,70.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,10. No interior catarinense, a cotação aumentou de R$ 5,10 para R$ 5,60. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 5,10 para R$ 5,60 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,30.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande avançou de R$ 4,75 para R$ 5,10, enquanto na integração o preço continuou em R$ 5,00. Em Goiânia, o preço mudou de R$ 5,50 para R$ 6,60. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno passou de R$ 5,80 para R$ 6,80. No mercado independente mineiro, o preço subiu de R$ 6,00 para R$ 7,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis aumentou de R$ 4,75 para R$ 5,10. Já na integração do estado o quilo vivo seguiu em R$ 5,00.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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