Preços do suíno sobem, com exportação aquecida e oferta ajustada

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     Porto Alegre, 23 de abril de 2021 – A suinocultura brasileira registrou preços firmes ao longo da semana, tanto no quilo vivo quanto nos cortes negociados no atacado. “O ambiente de negócios evoluiu de maneira fluída, com indústrias avançando estoques, avaliando a melhora da demanda interna e o ótimo fluxo de exportações, puxado pelas compras da China, o que ajudou a ajustar melhor a oferta interna”, avalia o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.

     Segundo ele, a flexibilização das medidas restritivas em várias localidades do país é um ponto que ajuda na demanda e na reposição ao longo da cadeia no curto prazo. “Além disso, a nova rodada de auxílio emergencial favorece o consumo de produtos básicos”, disse.

     Por outro lado, conforme Maia, os produtores pleiteiam novos reajustes para o quilo vivo, por conta da preocupação em torno do custo de produção, que está em tendência de alta.

     Levantamento semanal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil subiu 3,47%, de R$ 5,65 para R$ 6,88. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 1,04% ao longo da semana, de R$ 12,37 para R$ 12,50. A carcaça registrou um valor médio de R$ 10,91, avanço de 4,55% frente ao fechamento à semana anterior, quando era cotada a R$ 10,44.

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 130,700 milhões em abril (11 dias úteis), com média diária de US$ 11,881 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 51,864 mil toneladas, com média diária de 4,714 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.520,10.

      Em relação a abril de 2020, houve alta de 54,35% no valor médio diário da exportação, ganho de 49,82% na quantidade média diária exportada e valorização de 2,95% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 153,00 para R$ 160,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 5,60 para R$ 5,65. No interior do estado a cotação mudou de R$ 7,40 para R$ 7,50.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração aumentou de R$ 5,70 para R$ 5,80. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 7,30 para R$ 7,50. No Paraná o quilo vivo teve alta de R$ 6,80 para R$ 7,30 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo seguiu em R$ 5,60.

     No Mato Grosso do Sul a cotação em Campo Grande mudou de R$ 5,90 para R$ 6,20, enquanto na integração o preço subiu de R$ 5,40 para R$ 5,60. Em Goiânia, o preço passou de R$ 7,50 para R$ 7,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno permaneceu em R$ 8,00. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 8,40 para R$ 8,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis aumentou de R$ 5,80 para R$ 6,10. Já na integração do estado o quilo vivo mudou de R$ 5,40 para R$ 5,60.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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