Porto Alegre, 15 de outubro de 2021 – O mercado brasileiro de suínos registrou um ambiente de negócios truncado e sem força para altas, tanto no atacado como para o vivo.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos adotaram uma postura retraída nas aquisições envolvendo suínos vivos, avaliando que o escoamento da carne está aquém do esperado e pode perder força no decorrer da segunda quinzena, conforme o aumento na descapitalização das famílias. “Os suinocultores contaram com pouco poder de barganha, o que traz preocupação, considerando que o custo de produção segue pesando sobre as margens da atividade”, explica.
Para Maia, o quadro observado na carne bovina é outro ponto de atenção, com a exportação brasileira para a China travada, fator que está resultando em quedas no atacado. “Quedas acentuadas dos cortes bovinos tendem afetar negativamente a carne suína e a de frango”, pontua.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil caiu 1,78% na semana, passando de R$ 6,55 para R$ 6,44. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado retrocedeu 0,25%, de R$ 11,46 para R$ 11,43. A carcaça atingiu um valor médio de R$ 10,16, queda de 1,99% frente ao registrado na semana passada, de R$ 10,37.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 59,585 milhões em outubro (6 dias úteis), com média diária de US$ 9,930 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 25,686 mil toneladas, com média diária de 4,281 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.319,80.
Em relação a outubro de 2020, houve alta de 7,13% no valor médio diário da exportação, avanço de 10,61% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 3,15% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo caiu de R$ 145,00 para R$ 135,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo continuou em R$ 5,70. No interior do estado a cotação baixou de R$ 6,80 para R$ 6,60.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração se manteve em R$ 5,80. No interior catarinense, a cotação baixou de R$ 6,90 para R$ 6,70. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 6,85 para R$ 6,80 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo prosseguiu em R$ 5,65.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande permaneceu R$ 6,20, enquanto na integração o preço continuou em R$ 5,60. Em Goiânia, o preço caiu de R$ 7,30 para R$ 7,00. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno seguiu em R$ 7,30. No mercado independente mineiro, o preço caiu de R$ 7,60 para R$ 7,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis baixou de R$ 5,80 para R$ 5,70. Já na integração do estado o quilo vivo permaneceu em R$ 5,60.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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