Preços do suíno reagem em parte do Brasil, com melhora na demanda

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     Porto Alegre, 9 de abril de 2021 – A suinocultura brasileira registrou uma semana de recuperação nos preços em parte dos estados. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, houve um avanço no escoamento da carcaça, como é o caso de São Paulo, o que pode dar continuidade para o ambiente de negócios envolvendo o quilo vivo no curto prazo.

     A entrada de salários e a nova rodada do auxílio emergencial na economia são fatores que podem trazer folego ao consumo nos próximos dias. “Outro ponto é que a relação de troca entre suíno e frango encurtou nas últimas semanas, ou seja, a carne suína ganhou atratividade para o consumidor final”, pontua.

     Contudo, Maia destaca que a pandemia ainda afeta atividades demandantes importantes, gerando incertezas no mercado. “Apesar do ambiente um pouco mais positivo para o vivo neste momento, os granjeiros seguem preocupados, se deparando com um custo elevado e em tendência de alta, fator que pesa sobre as margens”, sinaliza.

     Outra boa notícia, segundo Maia, é que as exportações de carne suína seguem bastante positivas, por conta do apetite comprador da China.

     Levantamento semanal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil subiu 6,78%, de R$ 5,48 para R$ 6,85. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 3,62% ao longo da semana, de R$ 11,46 para R$ 11,87. A carcaça registrou um valor médio de R$ 8,99, avanço de 8,12% frente ao fechamento à semana anterior, quando era cotada a R$ 8,31.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 99,00 para R$ 135,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,60. No interior do estado a cotação mudou de R$ 5,70 para R$ 6,20.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração retrocedeu de R$ 5,80 para R$ 5,70. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 5,40 para R$ 5,80. No Paraná o quilo vivo teve alta de R$ 5,50 para R$ 5,65 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo caiu de R$ 5,75 para R$ 5,70.

     No Mato Grosso do Sul a cotação em Campo Grande mudou de R$ 4,70 para R$ 4,80, enquanto na integração o preço retrocedeu de R$ 5,50 para R$ 5,40. Em Goiânia, o preço passou de R$ 5,60 para R$ 6,40. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno subiu de R$ 6,00 para R$ 7,00. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 6,10 para R$ 7,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis aumentou de R$ 4,55 para R$ 4,80. Já na integração do estado o quilo vivo caiu de R$ 5,50 para R$ 5,40.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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