Porto Alegre, 13 de março de 2020 – Os preços dos contratos futuros do petróleo terminaram o dia em alta, mas acumularam perdas superiores a 20% na semana, na pior performance desde a crise financeira de 2008, pressionados pelos receios dos potenciais efeitos da pandemia de coronavírus na demanda por energia no mundo.
Em um momento no qual as proibições de viagens, cancelamento de eventos e outras interrupções derrubam a demanda de petróleo, os principais produtores da commodity planejam injetar mais petróleo em um mercado com excesso de oferta.
A Arábia Saudita, o maior exportador do mundo, e os Emirados Árabes Unidos estão intensificando a pressão sobre os preços após o colapso de um acordo para com a Rússia na semana passada que estabelecia um limite adicional de 1,5 milhão de barris por dia (bpd) na oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de seus aliados – grupo conhecido como Opep+.
“Os mercados de petróleo caíram na semana, com a Arábia Saudita iniciando uma guerra de preços. Neste ponto, parece muito improvável que as cotações se estabilizem no curto prazo”, disse o analista da FX Empire, Christopher Lewis.
Após subir mais de 7% em relação à máxima do dia, o contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega prevista para abril encerrou com alta de 0,73%, a US$ 31,73 por barril, terminando a semana com queda acumulada de 23,13%.
Já na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent com entrega para maio avançou 1,90%, para US$ 33,85 o barril, acumulando perda semanal de 25,23%.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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