Porto Alegre, 22 de setembro de 2020 – Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em alta depois que a tempestade tropical que ameaçava os Golfo do México diminuiu sua força. No entanto, os receios sobre a demanda de combustível persistem e limitaram os ganhos.
“Algumas plataformas foram evacuadas devido à Tempestade Tropical Beta. No entanto, a perda de produção é estimada em cerca de 150 mil barris por dia (bpd), que é muito menor do que no caso dos recentes furacões”, afirma o analista da FX Empire, Vladimir Zernov.
“No entanto, o Beta não ganhou força suficiente para se tornar um furacão e atingiu o Texas. A interrupção constante de furacões e tempestades tropicais pode colocar alguma pressão de curto prazo na produção de petróleo dos Estados Unidos e empurrar os estoques de petróleo bruto para níveis mais baixos”, concluiu.
Nas preocupações com a demanda, o Reino Unido foi o principal fator de ansiedade. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou que bares e restaurantes terão que fechar mais cedo e incentivou as pessoas a trabalharem em casa, se possível. Ele também reforçou as regras de uso de máscara.
De acordo com Johnson, essas medidas devem permanecer em vigor por seis meses, e o governo do Reino Unido não descarta a introdução de medidas muito mais fortes se a situação piorar.
O Reino Unido é visto como um exemplo do que pode acontecer em breve em outros países europeus, então os traders ficaram satisfeitos em saber que, pelo menos, o Reino Unido não impôs um novo bloqueio.
Ao mesmo tempo, a implementação de medidas adicionais de contenção de vírus provavelmente colocará alguma pressão sobre a economia e aumentará a ansiedade do consumidor, o que pode ser prejudicial para a recuperação da demanda por petróleo.
Com isso, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex e entrega em outubro subiu 0,73%, cotado a US$ 39,60 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE com entrega para novembro avançou 0,48%, cotado a US$ 41,72 barril.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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