Porto Alegre, 14 de junho de 2024 – O mercado brasileiro de milho voltou a trabalhar com preços em alta nessa semana. A forte aceleração do dólar frente ao real durante a semana, em meio às incertezas fiscais brasileiras, contribuiu para um avanço dos preços futuros nos portos e motivou os produtores a reterem ofertas do cereal.
Segundo a Safras Consultoria, contudo, o elevado spread entre os valores pedidos pelo milho pelos produtores e o desejado pelos consumidores manteve as negociações do cereal bastante limitadas. Além disso, os compradores estão aguardando o maior ingresso de oferta da safrinha no mercado, o que poderia favorecer um movimento de queda nas cotações, para retomar os negócios.
No cenário internacional, a Bolsa de Chicago mostrou uma semana mais positiva nos preços, em meio aos sinais de melhora na demanda para o cereal norte-americano. Já o relatório de oferta e demanda de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos praticamente não trouxe mudanças para a safra do país, embora tenha indicado cortes nos estoques globais de milho.
Preços internos
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 57,42 no dia 13 de junho, alta de 2,05% frente aos R$ 56,27 registrados na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, baixou 1,75% de R$ 57,00 para R$ 56,00. Em Campinas/CIF, a cotação subiu 4,92%, de R$ 61,00 para R$ 64,00. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 60,00, aumento de 5,26% frente aos R$ 57,00 da semana passada.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca subiu 2,42%, de R$ 42,00 para R$ 43,00. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço continuou em R$ 65,50 na venda.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda seguiu em R$ 54,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço avançou 4,17%, de R$ 48,00 para R$ 50,00 na venda.
Exportações
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 34,474 milhões em junho (5 dias úteis), com média diária de US$ 6,894 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 175,305 mil toneladas, com média de 35,061 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 196,70.
Em relação a junho de 2023, houve baixa de 46,5% no valor médio diário da exportação, queda de 28,8% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 24,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News
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