Preços do milho sustentados no Brasil, com altas na CBOT e boas exportações

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     Porto Alegre, 26 de agosto de 2022 – O mercado brasileiro de milho apresentou preços de estáveis a mais altos nessa semana, predominantemente. As cotações foram sustentadas nos portos primeiramente por altas para o cereal na Bolsa de Chicago (CBOT) e isso também foi visto ao produtor no físico. Com um ótimo andamento das exportações, o mercado nacional encontra sustentação.

     Segundo a SAFRAS Consultoria, a movimentação das tradings no mercado permanece intensa, novamente com indicação de bom fluxo de negócios. “Nesse ambiente segue imprescindível acompanhar a movimentação da Bolsa de Chicago e as flutuações cambiais. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina o fator frete ainda torna o milho oneroso aos consumidores desses estados”, comenta a SAFRAS Consultoria.

     Um bom fluxo de vendas para o mercado externo é fundamental para o escoamento da oferta da safrinha. Assim, o mercado tem um melhor suporte para os preços do cereal nas principais praças de comercialização do país.

     As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 1,280 bilhão em agosto até o começo dessa semana (15 dias úteis), com média diária de US$ 85,366 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 4,708 milhões de toneladas, com média de 313,908 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 271,90.

     Em relação a agosto de 2021, houve alta de 125,5% no valor médio diário da exportação, avanço de 59,3% na quantidade média diária exportada e valorização de 41,6% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     Na Bolsa de Chicago, no momento de fechamento da edição da coluna, o contrato dezembro acumulava nesta semana uma alta de mais de 6%. Neste encerramento de semana, O mercado é sustentado pelas condições de clima quente, que seguem impactando as lavouras de milho dos Estados Unidos. Outro fator de suporte aos preços é a fraqueza do dólar frente a outras moedas correntes.

     No mercado brasileiro, no balanço dos últimos sete dias (entre 18 e 25 de agosto), o milho em Campinas/CIF na venda subiu de R$ 85,00 para R$ 88,00 a saca, alta de 3,5%. Na região Mogiana paulista, o cereal na venda avançou de R$ 81,00 para R$ 85,00, elevação de 4,9%.

     Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço passou de R$ 82,00 para R$ 85,00 a saca, aumento de 3,6%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação se manteve em R$ 80,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o valor seguiu em R$ 95,00 a saca.

      Em Uberlândia, Minas Gerais, a cotação caiu 3,7%, de R$ 80,00 a saca para R$ 77,00. Em Rio Verde, Goiás, o mercado subiu de R$ 77,00 para R$ 79,00, avanço de 2,6%.

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     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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