Porto Alegre, 07 de agosto de 2020 – O mercado brasileiro de milho não alterou o cenário de preços firmes nesta última semana. Em todas as regiões houve avanços bem significativos nas cotações, refletindo um quadro de oferta controlada pelos vendedores, mesmo em meio à evolução da colheita da safrinha.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, os produtores estão restringindo a oferta, vendendo apenas o suficiente para o curto prazo. “O volume de lotes acaba sendo pequeno ao longo do dia e a procura acaba fazendo o preço”, afirma.
As recentes altas do dólar também elevam as cotações nos portos e influenciam o mercado físico. Mesmo com a colheita da safrinha, o produtor mostra-se capitalizado e assim dosa as negociações.
No balanço da semana, o preço do milho na base de compra no Porto de Paranaguá subiu de R$ 50,00 para R$ 54,00 a saca, alta de 8,0%.
Já no mercado disponível, o preço do milho em Campinas/CIF subiu na base de venda na semana de R$ 53,00 para R$ 55,00 a saca de 60 quilos, alta de 3,8%. Na região Mogiana paulista, o cereal passou de R$ 51,00 para R$ 53,00 a saca no comparativo, valorizando na semana 3,9%.
Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço avançou de R$ 47,00 para R$ 49,00 aa saca na base de venda, alta de 4,3%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação subiu de R$ 41,00 para R$ 45,00 a saca, elevação de 9,8%. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, houve alta de R$ 52,50 para R$ 55,00 (+4,8%).
Em Uberlândia, Minas Gerais, a cotações do milho subiram na semana de R$ 45,00 para R$ 50,00 a saca, valorização de 11,1%. Em Rio Verde, Goiás, o mercado passou de R$ 43,00 para R$ 46,00 a saca (+7,0%).
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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