Porto Alegre, 23 de abril de 2021 – O mercado brasileiro de milho seguiu com seu aquecimento nesta última semana, batendo recordes de preços nas principais praças. A oferta limitada, apreensão com o clima para a safrinha, a volatilidade do dólar e altas na Bolsa de Chicago (CBOT) foram componentes para a sustentação das cotações e para novos avanços.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, o mercado está extremamente complicado para os compradores, “sem ofertas” e ainda nesta quinta-feira viu o milho na Bolsa de Chicago (CBOT) disparar, com fortes altas nas cotações. O mercado em Chicago fechou nos melhores níveis desde julho de 2013, impulsionado pelo sentimento de boa demanda para o cereal norte-americano, bem como pelo clima adverso no país, que tem prejudicado as atividades de plantio da safra 2021/22.
O clima seco em muitas regiões para a safrinha faz o produtor retrair ainda mais suas ofertas, repercutindo em novas altas para o milho. Há temores quanto à quebra de safra. Para completar, a temporada fria no Brasil chega adiante e com preocupações com massas de ar polar que podem trazer riscos de geadas.
No balanço dos últimos sete dias, entre a quinta-feira (15 de abril) e esta quinta-feira (22 de abril), o preço do milho em Campinas/CIF subiu na venda de R$ 102,00 para R$ 104,00 a saca, alta de 2,0%. Na região Mogiana paulista, o cereal avançou na venda de R$ 100,00 para R$ 102,00 a saca, aumento de 2,0%.
Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço subiu de R$ 102,00 para R$ 105,00 a saca, aumento de 2,9%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação seguiu estável em R$ 85,00 a saca. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, a cotação se manteve em R$ 100,00 na base de venda.
Em Uberlândia, Minas Gerais, as cotações do milho subiram de R$ 90,00 para R$ 92,00 a saca, alta de 2,2%. Em Rio Verde, Goiás, o mercado avançou no comparativo de R$ 90,00 para R$ 93,00 a saca, subindo 3,3%.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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