Porto Alegre, 25 de junho de 2021 – O mercado brasileiro de milho voltou a apresentar quedas nas cotações nessa semana. O movimento combinado de melhor oferta com demanda mais tranquila, com comprador retraído, determina o declínio gradual dos valores do cereal de modo quase geral nas praças brasileiras. Agora o mercado volta suas atenções para a chegada do frio em áreas produtoras.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, em boa parte da semana os principais consumidores nacionais indicaram para uma posição confortável em seus estoques, alegando que existem condições para se manter até a entrada da safrinha. “A oferta segue aumentando no disponível, com aumento da fixação no balcão das cooperativas, a consequência é a queda dos preços em escala nacional”, comenta.
Porém, já nessa quinta-feira (24) o mercado mostrou maior equilíbrio nas cotações pelas preocupações com o clima frio. O mercado passa a acompanhar o clima com grande atenção. “A chegada de uma frente fria durante a virada de mês tende a atingir áreas relevantes de produção no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais”, comenta o consultor. Essa apreensão pode reduzir a oferta e dar suporte aos preços.
No balanço dos últimos sete dias, entre a quinta-feira (17 de junho) e esta quinta-feira (24 de junho), o milho no Porto de Santos na base de compra caiu de R$ 75,00 para R$ 71,00 a saca, baixa de 5,3%.
O preço do milho em Campinas/CIF no mesmo comparativo caiu na base de venda de R$ 91,00 para R$ 88,00 a saca, queda de 3,3%. Na região Mogiana paulista, o cereal recuou na venda de R$ 88,00 para R$ 87,00 a saca, perda de 1,1%.
Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço caiu de R$ 90,00 para R$ 86,00 a saca, baixa de 4,4%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação recuou de 77,00 a saca para R$ 75,00 (-2,6%). Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o valor caiu de R$ 93,00 para R$ 90,00 a saca, baixa de 3,2%.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço do milho na venda entre as últimas duas quintas-feiras (24 e 17) permaneceu estável em R$ 90,00 a saca. Já em Rio Verde, Goiás, no mesmo comparativo, a cotação baixou de R$ 82,00 para R$ 80,00 a saca (-2,4%).
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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