Porto Alegre, 6 de agosto de 2021 – O mercado brasileiro de frango apresentou boa reação nos preços na primeira semana de agosto, tanto no quilo vivo quanto nos cortes negociados no varejo, pautado pela boa demanda da primeira quinzena do mês, que traz uma reposição mais forte ao longo da cadeia produtiva.
O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, ressalta que o setor segue demonstrando preocupação com a forte alta nos custos de nutrição animal, puxados pelo milho, ainda que o setor tenha conseguido fazer um repasse aos preços do frango.
No mercado atacadista, a carne de frango segue com a preferência do consumidor médio, o que contribuiu para o aquecimento na demanda ao longo da primeira semana de agosto, acrescida, também, pela comemoração do Dia dos Pais.
De acordo com levantamento semanal de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango. No atacado, o preço do quilo do peito passou de R$ 8,75 para R$ 9,25, o quilo da coxa de R$ 7,85 para R$ 8,00 e o quilo da asa de R$ 10,70 para R$ 11,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito subiu de R$ 9,00 para R$ 9,50, o quilo da coxa de R$ 8,00 para 8,10 e o quilo da asa de R$ 10,90 para R$ 11,20.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de modificações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 8,85 para R$ 9,35, o quilo da coxa de R$ 7,95 para R$ 8,10 e o quilo da asa de R$ 10,80 para R$ 11,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 9,10 para R$ 9,60, o quilo da coxa de R$ 7,95 para R$ 8,10 e o quilo da asa de R$ 11,00 para R$ 11,30.
Nas exportações, Iglesias sinaliza que o resultado de julho foi muito positivo. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que as exportações brasileiras de carne de frango (considerando in natura e processados) totalizaram, em julho, 424,4 mil toneladas, número 16,4% superior ao alcançado no mesmo período de 2020, quando foram exportadas 364,6 mil toneladas. É o melhor resultado mensal de 2021 e o terceiro maior da história do setor produtivo.
Em receita, as vendas de carne de frango totalizam em julho US$ 739,2 milhões, número 48,4% superior ao alcançado em julho de 2020, com US$ 498,2 milhões. O último registro de receita mensal de exportações do setor acima de US$ 700 milhões ocorreu em julho de 2018.
Considerando os sete primeiros meses de 2021, as vendas de carne de frango alcançaram 2,668 milhões de toneladas, número 7,98% superior ao embarcado em 2020, com 2,471 milhões de toneladas. Em receita, o resultado acumulado nos sete primeiros meses de 2021 totalizou US$ 4,216 bilhões, número 15,7% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, com US$ 3,642 bilhões.
O levantamento realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 5,90 para R$ 6,00. Em São Paulo o quilo aumentou de R$ 5,80 para R$ 6,00.
Na integração catarinense a cotação do frango passou de R$ 4,00 para R$ 4,25. No oeste do Paraná o preço permaneceu em R$ 5,50. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo avançou de R$ 5,50 para R$ 5,60.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 5,80. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 5,80. No Distrito Federal o quilo vivo mudou de R$ 5,90 para R$ 6,00.
Em Pernambuco, o quilo vivo passou de R$ 6,20 para R$ 6,30. No Ceará a cotação do quilo subiu de R$ 6,20 para R$ 6,30 e, no Pará, o quilo vivo aumentou de R$ 6,30 para R$ 6,50.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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