Preços do frango perdem força no atacado, com demanda mais comedida

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Porto Alegre, 19 de janeiro de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis para o frango vivo e mais baixos para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado do frango vivo se deparou com preços acomodados no decorrer da semana, embora a tendência seja de uma redução no volume de negócios no curto prazo, o que pode contribuir para um movimento de baixa nas cotações.

De acordo com Iglesias, a boa notícia para o setor avícola é que os preços do milho continuam cedendo o Brasil, o que contribui para um maior equilíbrio dos custos de produção na cadeia produtiva.

Já a queda verificada no mercado atacadista pode ser explicada pela sazonalidade presente no mercado, consequência da descapitalização em meio as despesas comuns a essa época do ano (IPTU, IPVA e compra de material escolar).

Em relação a Influenza Aviária, até o momento o Brasil conta com 151 focos da doença, sendo 148 em animais selvagens e apenas três e aves de fundo de quintal. De qualquer forma, o Brasil insiste em sua estratégia que até o momento vêm se mostrando assertiva. O plantel comercial brasileiro permanece intocado, mantendo o país como grande alternativa para o fornecimento global de carne de frango”, destaca o analista.

Preços internos

Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito baixou de R$ 9,70 para R$ 9,60, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 6,70 o quilo da asa de R$ 13,20 para R$ 13,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito caiu de R$ 9,90 para R$ 9,80, o quilo da coxa de R$ 7,00 para R$ 6,90 e o quilo da asa de R$ 13,40 para R$ 13,30.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito diminuiu de R$ 9,80 para R$ 9,70, o quilo da coxa de R$ 6,90 para R$ 6,80 e o quilo da asa de R$ 13,30 para R$ 13,15. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve queda de R$ 10,00 para R$ 9,90, o quilo da coxa de R$ 7,10 para R$ 7,00 e o quilo da asa de R$ 13,50 para R$ 13,30.

O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo registrou estabilidade de R$ 5,25 e, em São Paulo, de R$ 5,20.

Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,80.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango permaneceu em R$ 4,65, em Goiás em R$ 5,15 e, no Distrito Federal, em R$ 5,25.

Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 5,40, no Ceará em R$ 5,40 e, no Pará, em R$ 5,50.

Exportações

Iglesias diz que as exportações de carne de frango vivem um momento contraditório, com um volume acentuado de embarques, mas com preços ainda em queda. Dessa forma, as receitas não avançam de maneira satisfatória.

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 280,008 milhões em janeiro (9 dias úteis), com média diária de US$ 31,112 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 170,530 mil toneladas, com média diária de 18,947 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.642,00.

Em relação a janeiro de 2023, houve baixa de 11,6% no valor médio diário, avanço de 7,4% na quantidade média diária e recuo de 17,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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