Preços do boi voltam a ceder em agosto com incremento da oferta

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    Porto Alegre, 03 de setembro de 2021 – O mercado físico de boi gordo registrou preços mais enfraquecidos ao longo de agosto. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos ainda desfrutam de uma posição de maior conforto em suas escalas de abate, que em alguns casos superam sete dias úteis. “A entrada entrada de animais negociados na modalidade à termo e a utilização de confinamentos próprios elevou a oferta, tornando a situação dos frigoríficos de maior porte ainda mais confortável”, disse Iglesias.

   A tendência de curto prazo aponta para a continuidade da queda dos preços, mesmo durante a primeira quinzena de setembro. “Para o último trimestre o otimismo em relação à retomada do movimento de alta aumenta com o potencial avanço da demanda doméstica somado ao ótimo ritmo de embarques de carne bovina. Nessas condições haverá maior propensão a reajustes a partir de outubro”, apontou Iglesias.

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 02 de setembro:

* São Paulo (Capital) – R$ 310,00 a arroba, contra R$ 318,00 a arroba na comparação com 30 de julho (-2,52%).

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 309,00 a arroba, ante R$ 310,00 a arroba, caindo 0,32%.

* Goiânia (Goiás) – R$ 298,00 a arroba, contra R$ 303,00 (-1,65%).

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 312,00 a arroba, ante R$ 315,00 (-0,95%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 304,00 a arroba, contra R$ 308,00 a arroba (-1,3%).

Exportação

   As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 1,031 bilhão em agosto (22 dias úteis), com média diária de US$ 46,884 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 81,605 mil toneladas, com média diária de 8,254 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.679,70.

    Em relação a agosto de 2020, houve ganho de 50,52% no valor médio diário da exportação, alta de 6,21% na quantidade média diária exportada e valorização de 41,73% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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