Porto Alegre, 24 de janeiro de 2025 – O mercado brasileiro de boi gordo registrou acomodação nos preços da arroba em grande parte das praças de comercialização, diante do enfraquecimento dos preços da carne no mercado interno.
O analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, sinaliza que o padrão de demanda delimitado para o período direciona o consumo para proteínas de menor valor agregado.
Por outro lado, as exportações em alto nível e a atual posição das escalas de abate, bastante encurtadas, ainda são variáveis chave a serem consideradas visando a sustentação dos preços internos.
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 23 de janeiro:
* São Paulo (Capital) – R$ 335,00 a arroba, estável frente à semana passada.
* Goiás (Goiânia) – R$ 325,00 a arroba, inalterado frente à última semana.
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 325,00 a arroba, aumento de 1,56% frente ao fechamento da semana anterior, de R$ 320,00.
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 330,00 a arroba, sem mudanças frente à última semana.
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 320,00 a arroba, sem alterações na comparação com a semana anterior.
* Rondônia (Vilhena) – R$ 295,00 a arroba, similar ao registrado na semana passada.
Atacado
O mercado atacadista apresentou preços acomodados no decorrer da semana. Para o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o ambiente de negócios sugere queda das cotações no curto prazo. Ele entende que a baixa maior pode ocorrer nos cortes do traseiro bovino, pelo padrão de consumo delimitado no primeiro bimestre.
Iglesias destaca que a preferência da população ainda recai sobre as proteínas de menor valor agregado, a exemplo da carne de frango, embutidos e ovos.
O quarto do dianteiro do boi foi cotado a R$ 18,50 o quilo, sem mudanças frente ao valor praticado na semana passada. Já o quarto do traseiro do boi foi vendido por R$ 26,00 o quilo, queda de 1,89% frente aos R$ 26,50 por quilo registrados na última semana.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 568,186 milhões em janeiro (12 dias úteis), com média diária de US$ 47,348 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 112,731 mil toneladas, com média diária de 9,394 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.040,20.
Em relação a janeiro de 2024, houve alta de 26,8% no valor médio diário da exportação, ganho de 13,8% na quantidade média diária exportada e avanço de 11,4% no preço médio.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News
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