Preços do boi gordo voltam a disparar nas principais regiões

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     Porto Alegre, 11 de setembro de 2020 – O mercado físico de boi gordo manteve sua escalada de alta nos preços longo desta semana em todas as regiões de produção e comercialização do Brasil. “A oferta de animais terminados, prontos para o abate permanece restrita em grande parte do país, condição que não deve apresentar contundentes alterações no curto prazo”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

    Conforme Iglesias, também ajuda a impactar a atual conjuntura uma estiagem prolongada, que segue influenciando a condição das pastagens em grande parte do Centro-Oeste do país, levando a crer que seguirá a dependência dos frigoríficos em relação à oferta de confinados durante o último trimestre, uma vez que os animais de pasto estarão aptos ao abate apenas no primeiro trimestre de 2021. “Em termos de exportação, a China segue importando volumes substanciais de proteína animal brasileira, fato que não sofrerá mudanças no restante do ano”, apontou Iglesias.

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 10 de setembro:

* São Paulo (Capital) – R$ 248,00 a arroba, contra R$ 242,00 a arroba em 03 de setembro (+2,5%).

* Goiás (Goiânia) – R$ 230,00 a arroba, estável.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 240,00 a arroba, ante R$ 230,00 a arroba, subindo 4,35%.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 242,00 a arroba, ante R$ 233,00 a arroba (3,86%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 225,00 a arroba, contra R$ 221,00 a arroba (1,8%).

Exportação

     As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 133,944 milhões em setembro (4 dias úteis), com média diária de US$ 33,486 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 32,9 mil toneladas, com média diária de 8,225 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.071,20.

    Na comparação com setembro de 2019, houve ganho de 20,48% no valor médio diário, alta de 24,91% na quantidade média diária e queda de 3,54% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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