Preços do boi gordo voltam a cair com escalas de abate bem espaçadas

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    Porto Alegre, 16 de julho de 2021 – O mercado físico de boi gordo apresentou preços mais fracos principais regiões de produção e comercialização do país nesta semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos operam com escalas de abate mais confortáveis no decorrer do mês de julho e encontraram as condições necessárias para pressionar o mercado.

    “No entanto, o grande limitador de movimentos mais agressivos é a situação da oferta que ainda é restrita em grande parte do país, cerceando movimentos mais efetivos de pressão de baixa. A elevação dos custos pecuários em 2021 acabou resultando em limitações no volume de animais confinados, limitações que são observadas no segundo semestre”, disse.

    O mercado segue amplamente atento em relação à China, considerando as divergências acerca do processo de recomposição do plantel de suínos. O governo chinês voltou a retratar um cenário de recomposição quase que integral do rebanho, sem sequer mencionar a Peste Suína Africana (PSA) como um fator de preocupação.

   O contraponto parte de agências de notícias internacionais e consultorias privadas que ainda apontam para descontrole de casos, e até mesmo citam uma potencial terceira onda da doença. “De concreto apenas a forte queda dos preços da suinocultura local que foi estancada pela atuação do governo chinês, recompondo seus estoques públicos”, assinalou Iglesias.

    Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 15 de julho:

* São Paulo (Capital) – R$ 316,00 a arroba, contra R$ 318,00 a arroba em 08 de julho, caindo 0,63%.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 309,00 a arroba, ante R$ 313,00 a arroba, recuo de 1,28%.

* Goiânia (Goiás) – R$ 302,00 a arroba, ante R$ 305,00 (-0,98%).

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 309,00 a arroba, contra R$ 313,00 a arroba (-1,3%)

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 309,00 a arroba, ante R$ 310,00 (-0,32%).

Exportações

    As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 283,86 milhões em julho (7 dias úteis), com média diária de US$ 40,55 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 52,99 mil toneladas, com média diária de 7,57 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.356,30.

    Em relação a julho de 2020, houve alta de 35% no valor médio diário da exportação, ganho de 2,87% na quantidade média diária exportada e valorização de 31,23% no preço médio.

    Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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