Preços do boi gordo ficam enfraquecidos com lento escoamento e amplos estoques no atacado

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Porto Alegre, 22 de julho de 2022 – O mercado físico de boi gordo teve preços mais baixos na maioria das regiões de produção e comercialização ao longo da semana. Os frigoríficos da região Centro-Norte ainda apontam para uma posição de relativo conforto em suas escalas de abate, relatando alguma dificuldade de escoamento da carne no decorrer da segunda quinzena do mês.

“Porém, a dinâmica de mercado pode mudar com a proximidade da virada de mês, considerando que além da entrada dos salários o Dia dos Pais é uma data comemorativa que costuma motivar a demanda por carne bovina. A movimentação cambial ainda resulta em algumas negociações acima da referência média para animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês”, disse o analista da Consultoria SAFRAS % Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

A indústria frigorífica aponta para um lento escoamento da carne bovina como empecilho neste momento para uma reação nos preços, indicando também estoques confortáveis. “Essa situação tem gerado menor interesse na compra de gado. No entanto, o aumento do consumo durante a primeira quinzena de agosto pode motivar a reação dos preços da carne bovina no atacado, considerando que além da entrada dos salários há também a demanda adicional durante o Dia dos Pais”, disse Iglesias.

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 21 de julho: 

* São Paulo (Capital) – R$ 315,00 a arroba, ante R$ 310,00 na comparação com o dia 14, subindo 1,6%.  

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 295,00 a arroba, contra R$ 300,00 (-1,67%). 

* Goiânia (Goiás) – R$ 290,00 a arroba, contra R$ 295,00 (-1,7%). 

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 290,00 a arroba, estável. 

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 293,00 a arroba, ante R$ 300,00, recuo de 2,33%.  

Exportação 

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 593,593 milhões em julho (onze dias úteis), com média diária de US$ 53,963 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 89,127 mil toneladas, com média diária de 8,102 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 6.660,00. Em relação a junho de 2021, houve ganho de 31,8% no valor médio diário da exportação, baixa de 7,7% na quantidade média diária exportada e valorização de 22,4% no preço médio.Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS  

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