Preços do boi gordo caem nas principais praças mesmo com pouca oferta

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     Porto Alegre, 04 de dezembro de 2020 – O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos nas principais praças de produção e comercialização do país nesta semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os pecuaristas estão cedendo cada vez mais à pressão dos frigoríficos por queda nos preços após a escalada vista nos últimos meses que estrangulou as margens operacionais das unidades produtoras de carne bovina. Com isso, os frigoríficos conseguiram alongar suas escalas de abate e agora estão em uma posição bem mais confortável.

    “Os frigoríficos trabalham para fechar a programação de abates até o dia 21 de dezembro. Após essa data, o mercado entrará em um ritmo mais lento, com um fluxo bastante inexpressivo de negócios, como sempre ocorre nos últimos dias do ano”, assinalou Iglesias.

    A oferta de animais terminados, prontos para o abate, permanece restrita em grande parte do país. “No entanto, este fator tem se mostrado insuficiente para conter a queda nos preços do boi gordo. Com este quadro desenhado, é pouco provável que haja alguma reação nos preços no restante de 2020”, disse o analista.  

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 03 de dezembro:

* São Paulo (Capital) – R$ 272,00 a arroba, contra R$ 277,00 a arroba em 26 de novembro (-1,8%).

* Goiás (Goiânia) – R$ 260,00 a arroba, contra R$ 270,00 a arroba (-3,7%).

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 271,00 a arroba, ante R$ 274,00 a arroba, caindo 1,1%.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 260,00 a arroba, ante R$ 270,00 a arroba (-3,7%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 260,00 a arroba, contra R$ 265,00 a arroba (-1,9%).

Exportação

     As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 738,521 milhões em novembro (20 dias úteis), com média diária de US$ 36,926 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 167,736 mil toneladas, com média diária de 8,386 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.402,90.

    Na comparação com novembro de 2019, houve baixa de 1,87% no valor médio diário, ganho de 7,84% na quantidade média diária e queda de 9,01% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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