Porto Alegre, 23 de abril de 2021 – O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos na maioria das regiões produtoras ao longo desta semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos tentaram exercer pressão sobre o pecuarista em alguns estados.
“A oferta de boiadas aumenta na medida que as pastagens perdem qualidade. Os mapas meteorológicos sinalizam para inexpressivo volume pluviométrico nos próximos quinze dias, o que tende a reduzir sistematicamente a capacidade de retenção dos pecuaristas. O auge da safra de boi gordo se aproxima, período em que os frigoríficos encontrarão maior facilidade na composição de suas escalas de abate”, disse Iglesias.
Na semana cortada pelo feriado de Tiradentes, o Mato Grosso ainda figura como exceção, com relatos de negociações acima da referência média em todo o estado.
Conforme Iglesias, a oferta de animais terminados voltará a ser uma preocupação na entressafra. “Com os custos em alta, a tendência é de queda do confinamento de primeiro giro. A expectativa é que haja avanços mais consistentes da demanda durante o segundo semestre, em linha com a continuidade da vacinação no país, permitindo a retomada da atividade econômica com um menor risco de colapso do sistema de saúde”, assinalou.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 22 de abril:
* São Paulo (Capital) – R$ 315,00 a arroba, contra R$ 318,00 a arroba na comparação com 15 de abril (-0,94%).
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 310,00 a arroba, ante R$ 313,00 a arroba, caindo 0,96%.
* Goiânia (Goiás) – R$ 300,00 a arroba, contra R$ 305,00 (-1,67%).
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 305,00 a arroba, contra R$ 307,00 (-0,65%).
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 315,00 a arroba, contra R$ 312,00 a arroba (+0,96%).
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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