Porto Alegre, 09 de abril de 2020 – O mercado físico de boi gordo teve uma semana marcada por queda nos preços, com reflexo no atacado. A primeira quinzena de abril vem sendo marcada por uma demanda abaixo do normal, reflexo do novo coronavírus, que provocou isolamento social e fechamento de restaurante, bares, redes hoteleiras e outros estabelecimentos comerciais.
“O cenário é preocupante. Os frigoríficos atuam de maneira discreta no mercado, optando por manter suas escalas de abate encurtadas, posicionadas entre dois e três dias úteis. Por enquanto, os pecuaristas mantêm algum conforto diante das condições boas das pastagens, que permitem uma maior capacidade de retenção. No entanto, isso vai mudar com o decorrer do outono, pois o clima mais seco e as temperaturas amenas aumentam o desgaste dos campos e os obrigam a negociar as boiadas”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
No atacado e no varejo, a demanda de carne bovina está completamente distorcida em meio ao isolamento social. Os cortes nobres permanecem escanteados, com uma clara predileção aos congelados e os embutidos, e ainda pela carne de frango, enquanto muitos frigoríficos relatam que o escoamento da carne bovina tem acontecido com lentidão.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à vista nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 08 de abril:
* São Paulo (Capital) – R$ 190,00 a arroba, contra R$ 201,00 a arroba em 02 de abril, caindo 4%.
* Goiás (Goiânia) – R$ 183,00 a arroba, ante R$ 188,00 a arroba (-2,6%).
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 186,00 a arroba, contra R$ 195,00 a arroba (-4,5%).
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 180,00 a arroba, contra R$ 190,00 a arroba (-5,2%).
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 172,00 a arroba, ante R$ 180,00 a arroba (-3,3%).
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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