Porto Alegre, 28 de abril de 2023 – O mercado brasileiro de boi registrou preços em queda para a arroba ao longo de abril, refletindo a boa disponibilidade de oferta de gado para compra por parte dos frigoríficos. Segundo a SAFRAS Consultoria, os frigoríficos trabalharam com escalas de abate confortáveis, o que contribuiu para pressionar as cotações.
O movimento de desvalorização do dólar frente ao real ao longo do mês também contribuiu para um menor movimento de compra de gado voltado a atender a demanda externa, o que impossibilitou o movimento de alta nos preços da arroba mesmo com a retomada das exportações do Brasil para a China.
Segundo a SAFRAS Consultoria, o mercado está próximo do período auge da safra de boi, o que tende a manter os preços da arroba pressionados no Brasil ao longo de maio.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo ficou em R$ 265,00 no dia 27, contra R$ 300,00 no encerramento de março, recuando 11,67%. Em Dourados (MS), a arroba baixou 10,71%, de R$ 280,00 para R$ 250,00. Em Cuiabá (MT), a arroba retrocedeu 4,91%, de R$ 265,00 para R$ 252,00. Em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 260,00 por arroba, desvalorização de 13,33% frente aos R$ 300,00 do final de março. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 245,00 para a arroba do boi gordo a prazo, queda de 9,26% frente ao valor praticado no final de março, de R$ 270,00.
Preços dos cortes de dianteiro se recuperam no atacado
No atacado, os preços dos cortes de dianteiro se recuperaram ao longo de abril, acumulando uma valorização de 4,23%, sendo negociados ontem (27) por R$ 14,80 o quilo, contra os R$ 14,20 por quilo praticados no final de março. Já os cortes de traseiro não se sustentaram e tiveram uma desvalorização ao longo do mês de 0,50%, passando de R$ 20,00 o quilo para R$ 19,90 o quilo. A forte concorrência com a carne de frango foi um dos fatores que acabou contribuindo para a queda de preços dos cortes de traseiro.
Exportações de carne bovina mostram fraqueza
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 341,140 milhões em abril (13 dias úteis), com média diária de US$ 26,241 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 72,445 mil toneladas, com média diária de 5,572 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.709,00.
Em relação a abril de 2022, houve perda de 49% no valor médio diário da exportação, queda de 32,7% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 24,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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