Porto Alegre, 23 de julho de 2021 – O mercado físico de boi gordo apresentou preços mais fracos nas principais regiões de produção e comercialização do país nesta semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos ainda apresentam algum conforto em suas escalas de abate, que permanecem posicionadas entre cinco e sete dias úteis em média. “No entanto o movimento de pressão de baixa nos preços das boiadas permanece limitado pela restrição de oferta, fator que será dominante em todo o ano de 2021. Esse é um importante ponto de sustentação para os preços do boi gordo no decorrer do semestre”, disse ele.
A situação chinesa permanece no radar, avaliando o avanço do plantel de suínos na China e uma eventual menor necessidade de importação de proteína animal por parte do gigante asiático. “O Brasil é dependente da China nas exportações de carne bovina, e mudanças agressivas de comportamento tendem a causar impacto no mercado nacional”, assinalou Iglesias.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 316,00 na modalidade à prazo, estável na comparação com a quarta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 304,00, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 310,00, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 307,00, contra R$ 308,00. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 309,00 a arroba, inalterada.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por maior espaço para reajustes durante a primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo. Somado a isso precisa ser considerado o adicional de consumo relativo ao Dia dos Pais, no segundo domingo de agosto. “Importante mencionar também que o brasileiro médio segue em seu processo de migração para a carne de frango, a mais acessível dentre as proteínas de origem animal neste momento”, apontou Iglesias.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 22 de julho:
* São Paulo (Capital) – R$ 315,00 a arroba, contra R$ 318,00 a arroba em 16 de julho, caindo 0,94%.
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 309,00 a arroba, ante R$ 313,00 a arroba, recuo de 1,28%.
* Goiânia (Goiás) – R$ 303,00 a arroba, ante R$ 305,00 (-1,28%).
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 312,00 a arroba, contra R$ 313,00 a arroba (-0,32%)
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 308,00 a arroba, ante R$ 310,00 (-0,65%).
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 481,18 milhões em julho (12 dias úteis), com média diária de US$ 40,1 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 89,24 mil toneladas, com média diária de 7,44 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.392,10.
Em relação a julho de 2020, houve alta de 33,49% no valor médio diário da exportação, ganho de 1,04% na quantidade média diária exportada e valorização de 32,11% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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