Preços do boi avançam de forma moderada no Brasil em novembro

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Porto Alegre, 1 de dezembro de 2023 – O mercado físico de boi gordo apresentou altas comedidas no preço da arroba ao longo de novembro, em meio ao cenário de escalas de abate apertadas por parte dos frigoríficos e a oferta restrita, com pouca disponibilidade de gado terminado a pasto. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, em meio ao cenário complicado para as pastagens no centro-norte do Brasil, os frigoríficos voltaram a trabalhar com preços ao redor de R$ 250,00 a arroba a prazo no encerramento do mês. Os valores da arroba também subiram em outros estados.

Iglesias ressalta, contudo, que apesar do período considerado auge no consumo de carne bovina, a partir de dezembro, com reflexo também nos valores praticados no atacado, o movimento de alta no preço da arroba não tende a ser muito agressivo. “Nesse momento nos parece que o teto de alta no preço da arroba ficará em R$ 255,00. A conta da carne chega a R$ 260,00 por arroba e os frigoríficos não querem operar com margens negativas. Então a tendência é de que os preços da arroba venham a ser mantidos no patamar atual”, sinaliza.

Preços internos

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 250,00, alta de 8,7% frente ao valor registrado no final de outubro, de R$ 230,00. Em Dourados (MS), a arroba avançou 2,22% na modalidade a prazo ao longo do mês, passando de R$ 225,00 para R$ 230,00.

Em Cuiabá (MT), a arroba a prazo foi cotada a R$ 210,00 no fechamento de novembro, sem mudanças na comparação ao fechamento de outubro. Em Uberaba (MG), o preço a prazo foi mantido a R$ 235,00 por arroba. Em Goiânia (GO), a indicação a prazo foi de R$ 240,00, valorização de 4,35% ante os R$ 230,00 praticados no final de outubro.

Preços dos cortes do traseiro sobem no mercado atacadista

O mercado atacadista apresentou preços firmes durante o mês de novembro para os cortes do traseiro bovino e estáveis para os cortes do dianteiro, em linha com a maior demanda esperada para os cortes de maior valor agregado.

Iglesias ressalta que a entrada do décimo terceiro salário, demais bonificações, criação dos postos temporários de emprego e confraternizações de final de ano favorecem o consumo dos cortes do traseiro bovino, o que explica esse movimento de valorização.

O quarto do traseiro subiu 9,44% ao longo de novembro, passando de R$ 18,00 para R$ 19,70. O quarto do dianteiro foi cotado a R$ 13,00, inalterado frente ao valor praticado no final de outubro.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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