Preços do algodão perdem um pouco de força, mas seguem elevados

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     Porto Alegre, 27 de maio de 2022 – O mercado brasileiro de algodão encerra a quarta semana de maio com preços um pouco mais baixos, mas ainda em um patamar bastante elevado. Os reportes de negócios seguem sendo pontuais e de pequeno volume, com vendedores pouco flexíveis em suas pedidas, devido a disponibilidade curta neste período de entressafra.

     Nesta quinta-feira (26), no polo industrial paulista, a indicação da fibra nacional ficou em R$ 7,93 por libra-peso, ante R$ 8,00 por libra-peso no dia 19 de maio. Comparado ao mesmo momento do mês e do ano passado, acumulava ganhos de 9,08% e de 55,35%, respectivamente.

     No FOB exportação do porto de Santos/SP, o produto brasileiro fechou cotado a 171,98 centavos de dólar por libra-peso. Em relação ao contrato spot (julho de 2022) de Nova York, estava 22,31% superior. Há uma semana, era 24,6% mais alto. Há um mês, era 8% superior.

     Os baianos iniciaram os trabalhos de colheita. A partir de agora, a colheita do algodão no Oeste da Bahia “engrena”, nos 303 mil hectares de lavouras ocupados pela cultura na região, na safra 2021/2022.

     A distribuição de chuvas fora do normal – com excesso no plantio e falta nos meses de fevereiro, março e abril – impactou na expectativa de produtividade e produção, de acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). A redução esperada, até o momento, deve ser em torno de 10%, com produtividade variando entre 280 e 300 arrobas de algodão por hectare, contra 311 arrobas estimadas anteriormente, e produção de 530 mil toneladas de pluma (algodão beneficiado), ante as 588 mil toneladas originalmente aguardadas.

     Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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