Preços do algodão caem no Brasil com fraqueza em NY e no dólar

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     Porto Alegre, 7 de outubro de 2022 – A semana encerrou com o mercado brasileiro de algodão refletindo a fraqueza da pluma na Bolsa de Nova York (ICE US) e do dólar. Segundo informações da SAFRAS Consultoria, a indústria doméstica seguiu em ritmo mais lento, trabalhando da mão para boca, o que vem deixando o mercado com comercialização reduzida.

     Nesta quinta-feira (6), a indicação média no CIF do polo industrial paulista ficou em R$ 5,55 por libra-peso, correspondendo a uma queda de 4,05% em relação à semana anterior. Comparado ao mesmo momento no mês passado, acumula uma queda de 17,42% e, em relação ao mesmo período do ano passado, apresentava uma desvalorização de 5,22%.

     No FOB exportação do Porto de Santos/SP, a indicação da pluma ficou em 105,20 centavos de dólar por libra-peso. Comparado ao mesmo período do mês passado, a desvalorização no porto brasileiro é de 16,97%. Em relação ao contrato dezembro/2022 na Bolsa de Nova York, a fibra nacional está 26,89% superior, enquanto na semana passada estava 23,4% superior. Já o prêmio pago pelo algodão no FOB porto encerrou com indicado a +22,30 centavos por libra-peso contra ICE US. E na semana anterior era de +17,98 centavos por libra-peso.

     A safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2022/23 está estimada em 2,924 milhões de toneladas, alta de 14,7% na comparação com as 2,550 milhões de toneladas indicadas na safra 2021/22. Os números fazem parte do primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2022/23, divulgado na quinta-feira.

     A produtividade das lavouras está estimada em 1.794 quilos de algodão em pluma por hectare, ante 1.593 quilos por hectare na temporada 2021/22. A área plantada com algodão na temporada 2022/23 está estimada em 1,630 milhão de hectares, elevação de 1,9% na comparação com os 1,600 milhão de hectares da safra passada.

     O Mato Grosso, principal Estado produtor, deverá colher uma safra de algodão em pluma de 2,079 milhões de toneladas, número que representa um avanço de 17,8% ante 2021/22, quando foram produzidas 1,766 milhão de toneladas.

     A Bahia, segundo maior produtor de algodão, deve colher 585,6 mil toneladas de algodão em pluma, elevação de 12,5% sobre 2021/22 (520,5 mil toneladas). Goiás deverá ter uma safra 2022/23 de 48,4 mil toneladas, com acréscimo de 0,8% sobre 2021/22 48 mil toneladas.

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     Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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