Preços despencam e setor de carne suína tem margens negativas em março

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Porto Alegre, 31 de março de 2023 – O mês de março teve queda expressiva tanto do quilo vivo quanto dos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, mês foi difícil em relação a preços, com desabamento geral, no suíno vivo e no atacado. “O que complicou foi o escoamento da carne, que foi mais fraco no atacado e nos frigoríficos que, com a dificuldade perante a queda da carcaça, atuaram de maneira retraída na aquisição do vivo”, pontuou.

De acordo com o analista, há muita especulação no mercado. “O preço da carcaça caiu e as margens da indústria também recuaram, pressionando as cotações do vivo. Toda essa situação acabou apagando a queda do milho e do farelo, que deveria aliviar as margens da atividade”, ressaltou Maia. “A queda do vivo foi tão intensa que, no final, as margens continuam negativas na suinocultura”, completou.

Ao longo dos próximos dias, Maia diz que a demanda tende a melhorar, com a entrada dos salários na economia. “Além disso, o Brasil vai ter feriado, então pode ajudar ainda mais neste cenário”, finalizou.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 10,12% no mês, passando de R$ 6,87 para R$ 6,17. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu de R$ 11,90 para R$ 10,71, retração de 9,96%. A carcaça teve desvalorização de 10,89%, passando de R$ 10,79 para R$ 9,62.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve baixa de R$ 145,00 para R$ 125,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo teve alta de R$ 5,60 para R$ 5,70. No interior do estado, houve recuo de R$ 7,20 para R$ 6,55.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração avançou de R$ 5,60 para R$ 5,70. No interior catarinense, a cotação teve baixa de R$ 7,20 para R$ 6,40. No Paraná, o quilo vivo teve declínio de R$ 7,25 para R$ 6,40 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo aumentou de R$ 5,30 para R$ 5,40.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve diminuição de R$ 6,95 para R$ 6,10 e na integração subiu de R$ 5,50 para R$ 5,60. Em Goiânia, o preço recuou de R$ 7,80 para R$ 6,25. No interior de Minas Gerais, o quilo do suíno caiu de R$ 8,20 para R$ 6,70. No mercado independente o preço retraiu de R$ 8,40 para R$ 6,90. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve baixa de R$ 7,00 para R$ 6,05. Já na integração do estado, o quilo vivo valorizou de R$ 5,50 para R$ 5,60.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 184,908 milhões em março (18 dias úteis), com média diária de US$ 10,272 milhões. A quantidade total exportada de carne suína pelo país no período chegou a 76,494 mil toneladas, com média diária de 4,249 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.417,30.

Em relação a março de 2022, houve alta de 29,7% no valor médio diário, ganho de 15% na quantidade média diária e avanço de 12,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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