Preços de frango encontram estabilidade, mas indicam queda no curto prazo

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Porto Alegre, 12 de abril de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, a perspectiva ainda é de queda das cotações no curto prazo, em um mercado ainda contando com desequilíbrio das forças de oferta e demanda, consequência do grande alojamento de pintainhos ao longo do primeiro bimestre.

“Felizmente, os custos de nutrição animal seguem controlados, em meio ao recente comportamento dos preços do farelo de soja e do milho”, ressalta o analista.

Em relação ao mercado atacadista, Fernando destaca que ainda há sinais de fragilidade e de dificuldade de recuperação nos preços dos cortes congelados, mesmo em um período tipicamente pautado por boa demanda. “O alojamento do primeiro bimestre ainda gera efeitos dentro do mercado, com grande volume de produção de carne de frango no mercado”, explica.

Iglesias pontua que as exportações permanecem em bom ritmo, com uma média mensal de embarques na ordem de 400 mil toneladas. “O grande problema de 2024 está nos preços pagos pela carne de frango no mercado internacional, cenário também evidenciado para as demais proteínas”, conclui.

Preços internos

Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve estabilidade em R$ 10,00, o quilo da coxa de R$ 6,50 e o quilo da asa desceu de R$ 10,70 para R$ 10,40. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 10,20, o quilo da coxa em R$ 6,70 e o quilo da asa caiu de R$ 11,00 para R$ 10,60.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito continuou em R$ 10,10, o quilo da coxa em R$ 6,60 e o quilo da asa teve desvalorização de R$ 10,80 para R$ 10,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 10,30, o quilo da coxa em R$ 6,80 e o quilo da asa decaiu de R$ 11,10 para R$ 10,70.

O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,10, e em São Paulo, em R$ 5,00.

Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,85.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 4,95, em Goiás em R$ 5,00 e, no Distrito Federal, em R$ 5,10.

Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 7,00, no Ceará em R$7,15 e, no Pará, em R$ 7,00.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 195,692 milhões em abril (5 dias úteis), com média diária de US$ 39,138 milhões. A quantidade total exportada pelo país

chegou a 107,393 mil toneladas, com média diária de 21,478 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.822,10.

Em relação a abril de 2023, houve queda de 8,6% no valor médio diário, baixa de 5,2% na quantidade média diária e recuo de 3,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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