Preços de frango derretem em julho, com necessidade de ajuste produtivo no setor

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Porto Alegre, 28 de julho de 2023 – O mercado brasileiro de frango deve encerrar o mês de julho com preços despencando nos principais cortes negociados no atacado e distribuição. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, “a avicultura de corte brasileira passou por um bastante período complicado”.

De acordo com Iglesias, os preços derreteram, em especial para a carne de frango no atacado. “O excesso de oferta é bastante notável, com dificuldades de escoar uma produção deste porte, mesmo com bom fluxo de exportação”, pontua.

Por fim, Iglesias destaca que, assim como nos últimos meses, a conclusão é de que o ambiente geral remete à necessidade de realizar ajustes produtivos no setor.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 585,554 milhões em julho (15 dias úteis), com média diária de US$ 39,036 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 298,493 mil toneladas, com média diária de 19,899 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.961,70.

Em relação a julho de 2022, houve baixa de 2% no valor médio diário, avanço de 11,1% na quantidade média diária e recuo de 11,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Preços internos

Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo do mês. O preço do quilo do peito no atacado decaiu de R$ 7,30 para R$ 6,45, o quilo da coxa de R$ 6,00 para R$ 5,50 e o quilo da asa de R$ 9,70 para R$ 8,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 7,50 para R$ 6,60, o quilo da coxa de R$ 6,20 para R$ 5,70 e o quilo da asa de R$ 9,90 para R$ 8,70.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário no mês também apresentou alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve baixa de R$ 7,40 para R$ 6,55, o quilo da coxa de R$ 6,10 para R$ 5,60 e o quilo da asa de R$ 9,80 para R$ 8,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve desvalorização de R$ 7,60 para R$ 6,70, o quilo da coxa de R$ 6,30 para R$ 5,80 e o quilo da asa de R$ 10,00 para R$ 8,80.

O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo se manteve em R$ 4,50, assim como São Paulo, que também ficou nos R$ 4,50.

Na integração catarinense, a cotação do frango se manteve em R$ 4,30, na integração do oeste do Paraná o quilo vivo recuou de R$ 4,60 para R$ 4,40 e na integração do Rio Grande do Sul a cotação ficou em R$ 4,45.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 4,45. Em Goiás, os preços registraram estabilidade em R$ 4,50 e, no Distrito Federal, nos mesmos R$ 4,50.

Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 5,20, no Ceará em R$ 5,20 e, no Pará, em R$ 5,00.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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