Preços de carne suína não encontram suporte e recuam, diante de ambiente de negócios acirrado

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suínos

Porto Alegre, 19 de maio de 2023 – A semana teve queda nos preços tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o preço do animal vivo não consegue encontrar espaço para reajustes, em meio a um ambiente de negócios acirrado. “Os frigoríficos estão avaliando que o escoamento da carne no atacado tende a perder força até o fechamento do mês, considerando que a demanda na ponta final deve perder força, com a população menos capitalizada”, diz.

De acordo com o analista, o preço das proteínas concorrentes também merece atenção. “Os cortes bovinos estão com viés baixista no atacado com quadro de excedente de oferta, fator que pode impactar negativamente a carne suína”, explica.

Por fim, Maia também destaca que o custo da nutrição animal segue como variável positiva, melhorando as margens dos suinocultores, mesmo com preço do suíno não mostrando sinais de força. “Contudo, o custo mais fraco leva a aumento do peso médio dos animais, o que resultará em maior disponibilidade de carne suína no mercado doméstico no futuro, ruim para formação de preços”, alerta.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 0,96% na semana, passando de R$ 6,18 para R$ 6,12. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado diminuiu de R$ 10,79 para R$ 10,64 e a média da carcaça de R$ 9,74 para R$ 9,64.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve baixa de R$ 132,00 para R$ 130,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo declinou de R$ 5,60 para R$ 5,55 e no interior do estado de R$ 6,40 para R$ 6,30.

Em Santa Catarina, o preço do quilo da carne suína na integração teve retração de R$ 5,60 para R$ 5,50, no interior catarinense de R$ 6,30 para R$ 6,20, no Paraná de R$ 6,30 para R$ 6,20 no mercado livre e na integração estabilidade de R$ 5,40.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande caiu de R$ 6,00 para R$ 5,90, na integração se manteve em R$ 5,50 e, em Goiânia, desvalorizou de R$ 6,70 para R$ 6,60. No interior de Minas Gerais, o quilo do suíno seguiu em R$ 7,00 e no mercado independente em R$ 7,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis ficou em R$ 5,90 e, na integração do estado, em R$ 5,50.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 101,282 milhões em maio (9 dias úteis), com média diária de US$ 11,253 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 39,016 mil toneladas, com média diária de 4,335 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.595,90.

Em relação a maio de 2022, houve alta de 29,8% no valor médio diário, ganho de 19,5% na quantidade média diária e avanço de 8,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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