Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos estava cotada a R$ 152,00 no dia 27, com valorização de 9,35% na comparação com 30 dias antes. Em Cascavel (PR), o preço subiu 10% para R$ 143,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação avançou 11,3% para R$ 128,00. No Porto de Paranaguá, a saca teve valorização de 9,29% para R$ 153,00.
O melhor comportamento do mercado doméstico esteve ligado ao desempenho dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). No período, os contratos com vencimento em novembro subiram 4,07%, atingindo a casa de R$ 13,98 por bushel. Nas máximas do mês, a referência foi superior a US$ 14,20.
A elevação no exterior decorre do “mercado de clima”. As projeções de poucas chuvas e temperaturas elevadas está fazendo com que se revise para baixo o potencial produtivo da safra americana. Além disso, logo na abertura do mês, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu ao indicar uma área plantada bem abaixo da projetada pelo mercado.
Exportações
As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 99 milhões de toneladas em 2024, acima dos 95 milhões indicados para 2023. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por SAFRAS & Mercado, e indica um aumento de 4% entre uma temporada e outra.
SAFRAS indica esmagamento de 55 milhões de toneladas em 2024 e de 53,4 milhões de toneladas em 2023, com uma elevação de 3% entre uma temporada e outra. SAFRAS não aponta importações para 2024 e manteve estimativa de 150 mil toneladas para 2023.
Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá aumentar 7%, passando para 171,531 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por SAFRAS em 157,7 milhões de toneladas, crescendo 4% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 70%, passando de 8,13 milhões para 13,831 milhões de toneladas.
SAFRAS trabalha com uma produção de farelo de soja de 42,3 milhões de toneladas em 2024, subindo 3%. As exportações deverão cair 2% para 21,5 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 20 milhões, aumentando 8%. Os estoques deverão subir 31% para 3,34 milhões de toneladas.
A produção de óleo de soja deverá aumentar 2% para 11,1 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 2,2 milhões de toneladas, com queda de 12%. O consumo interno deve subir 5% para 9 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 13% para 4,5 milhões de toneladas. A previsão é de estoques recuando 21% para 295 mil toneladas.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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